Aventuras Maternas

A criança vai bem, quando a barriguinha vai bem

Imagem: Pinterest

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A questão do desfralde sempre foi motivo de medo pra mim. Não me sentia preparada. Mas, como minha mãe falou, tudo seria natural, sem pressão. E realmente, quem quis tirar a fralda foi o próprio Arthur. Problema resolvido? Não ! O desfralde foi um sucesso, mas a evacuação ficou mais difícil .

Por mais que eu colocasse na vaso ou penico, explicasse, por algum motivo ele passou a ficar até três dias sem fazer. Ele não queria fralda, não pedia pra fazer e quando ia pro vaso não fazia.
Conclusão ele passou a ter prisão de ventre e quando fazia doía muito. Outro trauma! Agora ele tem medo de fazer porque dói. Só faz quando não aguenta mais e acaba fazendo nas calças.
A médica me aconselhou a dar alimentos que soltam, como mamão, laranja, ameixa, abóbora, além de alimentos prébioticos e complementos com fibras. Algumas coisas eu já dava, mas acho que a questão é mais psicológica do que outra coisa.
Segue algumas dicas de como detectar e o que fazer quando seu filho estiver com intestino preso ou medo de fazer cocô (fonte: Baby Center) :
Veja abaixo alguns sinais de prisão de ventre:
– A criança faz menos cocô que de costume, principalmente se já está há quatro dias sem evacuar e tem dificuldade para eliminar as fezes.
– Fezes muito duras e secas, que fazem o bumbum doer.
 – Um cocô bem líquido, que só suja a fralda ou a roupa de baixo. Pode ser que a parte sólida do cocô esteja presa dentro dos intestinos, e só essas fezes líquidas consigam sair. É preciso cuidado para não confundir isso com diarréia.
– Abdome duro ao toque.
– Dor de barriga que melhora depois de fazer cocô.
– Traços de sangue nas fezes ou no papel higiênico, normalmente devido a fissuras na pele do ânus, provocadas pela passagem do cocô ressecado.
Por que o intestino fica preso?
Alimentação pobre em fibras.
Se seu filho toma muito leite e derivados, por exemplo, e quase não come frutas, verduras e grãos integrais, pode acabar ficando com prisão de ventre.
Medo de fazer cocô.
Pode acontecer de a criança começar a segurar o cocô, por associar o ato de defecar com algo doloroso (pode ser que uma vez tenha doído), ou para não correr o risco de um acidente, se está em processo de desfraldamento. Trata-se nesse caso da chamada “auto-obstipação”. Observe seu filho. Se ele faz toda a cara de que quer fazer cocô, se contraindo, ficando com o rosto vermelho, mas nada acontece, talvez ele esteja segurando as fezes. É bom conversar com o pediatra para adotar uma estratégia que faça a criança dissociar o ato de fazer cocô de uma experiência dolorosa. O médico pode receitar algum tipo de laxante leve. Outro problema é que às vezes a criança não fica o tempo suficiente sentada no penico ou vaso sanitário para esvaziar totalmente o intestino. As fezes podem se acumular, levando a um cocô mais duro e mais difícil de eliminar, o que só aumentará o problema.
Desidratação.
Um dos motivos de prisão de ventre pode ser a ingestão insuficiente de líquido.
Pouca atividade física.
A movimentação do corpo aumenta a irrigação sanguínea do sistema digestivo. Se ele não fizer muita atividade física, pode ter dificuldade na hora de fazer cocô.
Como tratar a prisão de ventre?
– Evite dar alimentos que “prendem”, como arroz, banana, maçã e cereais, e maneire no leite e nos derivados.
 – Aumente a ingestão de fibra do seu filho. Compre pães, biscoitos ou cereais matinais integrais, e capriche em alimentos que “soltam”, como mamão papaia e ameixa preta, feijão e brócolis.
– Dê bastante líquido ao seu filho. Para saber se ele está bebendo o suficiente, observe se ele faz xixi a cada cinco ou seis horas, no mínimo.
– Incentive-o a correr e brincar bastante todos os dias.
– Faça uma massagem na barriga da criança, três dedos abaixo do umbigo. Pressione com seus dedos até sentir uma massa dura. Faça uma pressão constante no local, por cerca de três minutos, mas sem incomodar seu filho.
– Não force a barra para que seu filho abandone a fralda se ele ainda não estiver preparado. Se perceber que ele está segurando o cocô, aumente a ingestão de fibras na alimentação e veja se não é o caso de deixar o desfraldamento de lado por enquanto.
– Incentive-o a ir ao banheiro assim que tiver vontade. Se ele nunca sente vontade, faça-o passar dez minutos sentado no penico ou na privada depois do café da manhã e do jantar. Crianças que sofrem muito de prisão de ventre podem perder a sensibilidade de perceber que precisam evacuar. Se seu filho vai à escola ou creche, peça à professora que o leve ao banheiro. Há crianças que não gostam de fazer cocô fora de casa.
– Converse com o pediatra. Ele pode sugerir um leve laxativo, algum tipo de lubrificante natural, fibras solúveis ou supositórios. Supositórios de glicerina ou medicamentos para aplicar no ânus são eficientes se empregados de vez em quando, mas não podem ser usados como regra, porque a criança pode ficar dependente deles para fazer cocô.
 – Fale com o pediatra também se estiver saindo sangue na hora em que seu filho consegue fazer o cocô. Ele pode receitar algum creme, como o de aloe vera, para ajudar na cicatrização.

 

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Priscila Correia

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