Aventuras Maternas

Dicas de segurança nas ruas

Imagem: Internet

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Depois do angustiante processo de perder meu filho no shopping – por 5 minutos, que equivaleram a 5 horas -, parei para questionar sobre a segurança de nossos pequenos. É claro que neste episódio a única dica é não tirar os olhos nem por um segundo do seu filho (está proibido, inclusive, fechar os olhos pra espirrar!), mas a experiência sempre é válida para estimular a reflexão do que estamos ou não fazendo.

Ocorrências como filhos perdidos, raptados, atropelados, doentes e maltratados são coisas que normalmente não deixamos passar nem perto de nosso pensamento. Trocamos de canal quando vemos na TV. Nunca pensamos que vai acontecer conosco! Mas é o que mais acontece, principalmente perdê-los em locais públicos. É angustiante pensar, mas temos fazê-lo! Prefiro ficar angustiada pensando e me precavendo, do que passar pela experiência.

É claro que sempre existe a fatalidade, o acidente. Eu não queria perder meu filho no shopping e nem foi descuido meu.  Bom, de certa forma, foi. Virar as costas para o Arthur para pegar um copo de água se tornou algo inadmissível. Sempre vamos nos sentir culpadas, mesmo fazendo tudo certo.

Converso muito com o Arthur, sobre correr, ficar longe de mim, dar a mão, se perder etc. Temos que procurar uma forma lúdica de falar com as crianças menores, usando historinhas e exemplos que tenham coerência, para que os pequenos prestem atenção e fixem a mensagem. A explicação deve ser sincera e completa, causa e efeito, para que não haja dúvida e eles queiram se arriscar para ver o que acontece. Mas não dá pra cobrar nada de uma criança de 3 anos.

Enfim, não custa prevenir. Veja algumas dicas do que podemos fazer para não passar por esse desespero:563px-Teaching-Children-the-about-traffic-rules-Step-2

– A criança deve ser orientada a evitar contato com pessoas estranhas, aceitar caronas, alimentos ou presentes, pois podem ser sequestradas.

– Nesse caso você pode alertar a criança a não aceitar balas de um estranho, pois ele não sabe onde encontrar as melhores balas, como a mamãe;

– Você também pode explicar que nem todas as pessoas são boas e que se ela sair com um estranho, ele pode bater, machucar, deixá-la sem comida e nunca mais os filhotes vão ver o papai e a mamãe;

– A criança precisa ter confiança nos pais. Impor o medo nunca é bom, mas é preciso ser realista. E se o pequeno for levado à força ele deve ser instruído a gritar! “Esse não é meu pai ou minha mãe!”. Ele deve fazer isso mesmo que o adulto mande ele ficar quietinho.

– Ensine a criança para que ela aprenda o próprio endereço, telefone, nome dos pais, nome dos responsáveis, e que procure um policial caso se sinta perdida, assustada ou ameaçada. Ou fazer com que a criança ande com um cartãozinho com seus dados completos.

  • Caso se perca no shopping, combine que ninguém sairá do local. Peça para ela não andar, muito menos pelas escadas. Dependendo da capacidade de entendimento da criança, vale combinar um local ao qual ela deve ir caso se perca. Pode ser sua loja de fast-food preferida ou aquela doceria onde existe um sorvete delicioso – são informações visuais que a criança é capaz de guardar por associação.

– Na rua, vale ressaltar o perigo dos carros e orientar para que fique na calçada. Ou, melhor ainda, que entre em um local como uma loja, restaurante, padaria, prédio, onde ficará mais segura e poderá pedir auxílio. Já na praia, o melhor é explicar o perigo de tentar entrar na água caso se veja sozinha. Fale que, apesar de bonito, o mar pode ser bem chato com as crianças, pois pode tentar arrastá-las para o fundo e fazer muitos dodóis. Por isso, ele deve ficar na areia, perto do lugar onde viu os pais pela última vez. Ou, se a praia tiver pontos de salva-vidas e informações, geralmente sinalizados com bandeiras bem vistosas, ensine-a a ir até lá. Em hipótese nenhuma ela deve acompanhar estranhos que não sejam o pai ou a mãe de outra criança ou que não estiverem uniformizados.

– Principalmente no caso dos pais que levam as crianças ao colégio no período da manhã, observar se não há ninguém suspeito nas proximidades da residência, pois os criminosos aproveitam o momento de distração para praticar os assaltos.

– Evite mexer em bolsas ou carteiras para entregar dinheiro às crianças, seja na saída de casa, no trânsito ou nas proximidades da escola, pois os assaltantes estão sempre esperando uma oportunidade. Opte por entregar o dinheiro para a criança antes de sair de casa.

– Oriente seus filhos a utilizarem com discrição os celulares, notebooks e demais equipamentos eletrônicos (MP3, MP4, câmeras digitais, etc.), pois as crianças são vítimas potenciais dos bandidos, principalmente por não oferecerem maior resistência.

– Caso a criança vá sozinha a pé para a escola, deve optar por andar em grupo no trajeto das escolas ou em longas caminhadas. Se possível, combine com vizinhos ou colegas de classe que façam o mesmo caminho para irem e voltarem juntos da escola.

– A criança precisa também ser orientada para se afastar de situações perigosas, tais como: acidentes, aglomerações e discussões.

– Os adultos também devem orientar seus filhos a não comentarem com outras pessoas sobre suas vidas, bens que possuem, horários, profissão dos pais, etc.

– Não atravessar por trás de árvores, carros, ônibus e bancas de jornais, pois pode não ser vista por um carro que está em alta velocidade.

– Procurar ser visto ao atravessar as ruas e utilizar sempre a faixa de pedestres.

                              

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Priscila Correia

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