Aventuras Maternas

Alimentação infantil não pode ser com pressa

Quando você observa crianças comendo juntas, fazendo aquela algazarra, é fácil perceber que a relação delas com a comida vai além do aspecto nutricional: passa pelo afeto e relacionamentos, entre outros aspectos.

Inspirado no pensamento educacional conhecido como Reggio Emilia, o Peixinho Dourado Berçário e Educação Infantil modificou sua metodologia de refeições para garantir que todos os alunos tenham um tempo mais prazeroso de alimentação e, claro, comam ainda melhor.

A primeira medida, que envolveu reformas durante as férias, foi aumentar o número de refeitórios, de três para cinco. “Antes, as turmas precisavam se apressar para dar lugar às demais”, explica a diretora e pedagoga Marianna Canova. “Agora, elas têm mais tempo para se alimentar e se relacionar com a comida.” O trabalho de reflexão com a equipe foi outro diferencial, já que os professores puderam perceber o quanto é importante ter uma refeição com tempo de qualidade.

A ambientação dos refeitórios tem sido outra estratégia para melhorar a relação das crianças com os alimentos. A cada dia, uma turma se responsabiliza pela elaboração da placa do menu, com fotografias dos pratos, para que os colegas saibam qual será o cardápio do almoço. O ambiente do refeitório também ficou mais agradável, com desenhos e frases das próprias crianças, relacionados com a alimentação.

Dar mais autonomia tem se mostrado também um excelente meio de melhorar o horário da refeição. Para os bebês, isso é feito com o uso de duas colheres: uma para a professora, outra para o bebê. É uma forma de garantir que o bebê seja bem alimentado, ao mesmo tempo em que tem uma maior interação com a comida.

Os maiores recebem o prato de feijão e arroz e servem-se da carne, verduras e complementos que ficam disponíveis na mesa. “Isso nos ajuda também a verificar o quanto estão comendo”, conta Marianna. Com essa mudança, algumas crianças passaram a comer melhor.

Outra alteração foi no cardápio do jantar, que incluía sopa todo dia para garantir a ingestão de muita verdura e legumes. “Mas por que a criança tem que comer sopa todo dia, se a gente não come?”, questiona Marianna. A partir da pesquisa de satisfação com os pais, surgiu a ideia de inserir outros pratos no jantar, alternando com a sopa, mas sempre com um complemento vegetal, como tiras de cenoura ou brócolis em ramos.

Nutrição

Pensando na saúde dos alunos, a escola também pratica a chamada alimentação preventiva. “Se você oferece alimentos saudáveis e garante a ingestão de diversos nutrientes, isso já é uma prevenção contra doenças”, diz a nutricionista do Peixinho Dourado, Aline Medeiros. Outro cuidado é evitar oferecer cálcio e ferro juntos, pois isso dificulta a absorção. Buscar temperos na horta junto com as cozinheiras se tornou outro estímulo para que as crianças conheçam e se envolvam mais com os alimentos.

Informações: Assessoria de Imprensa

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Priscila Correia

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