Aventuras Maternas

Viajar sem filhos – uma escolha que deve ser respeitada

Conheca-motivos-optarem-crianca-familia_ACRIMA20120201_0074_15Desde pequena meu sonho era viajar o mundo. Conforme fui crescendo, vários fatores faziam com que esse meu desejo ficasse de lado. Mas quando o Arthur fez dois anos, resolvi que podia sim tirar um tempo pra mim, pra recarregar as energias, aliviar o estresse do dia a dia e trabalho.

Resolvi viajar com meu marido (padrasto do Arthur) pra Europa (Roma e Paris). Ficamos 10 dias e foi um dos momentos mais felizes da minha vida! Não imaginava o quanto isso ia mudar minha visão de mundo. O Arthur ficou com a minha irmã (tenho 4) e madrasta. No início fiquei bem apreensiva, porque apesar de ele ficar bem com elas, eram muitos dias e qualquer coisa que acontecesse eu não estaria lá pra socorrer.

Mas ele ficou ótimo! Brincou muito, passeou, foi na piscina, enfim, fez coisas que não faria em um apartamento. Eu acompanhei o dia a dia dele pela internet. Falava com ele todos os dias, assim ele não se sentia abandonado.

Agora chegou o momento de mais uma viagem. Depois de pensar e debater sobre vários destinos, finalmente fechamos para a Disney. Aí vem a pergunta que todos me fazem, com um tom de indignação: Você vai pra Disney sem o seu filho!!!????

Então vamos lá! Em primeiro lugar, meu filho tem quase 3 anos, acho ainda muito pequeno pra essa viagem. É um investimento muito grande para ele não aproveitar nem um terço. Vou para Miami fazer uma maratona de compras, depois pegar o carro e enfrentar quatro horas de viagem até Orlando. Vou em brinquedos que o Arthur não poderia sonhar em ir. Tem gente que leva? Sim! Muitos! Minha sócia viajou a Europa inteira com o Theo, que só tinha 2 anos. Porém, ela foi com o marido, mãe e avó.

A Priscila não viaja sem o filho. Ela consegue organizar um roteiro que ele possa curtir e não ter tantos perrengues. Admiro isso pra caramba. Mas essa decisão de levar envolve vários fatores que pertencem a ela.

A decisão de levar ou não para uma viagem internacional é muito particular, depende da personalidade de cada pessoa, de fatores financeiro, do estilo da mãe. Enfim, fatores que devem ser respeitados. Cada pessoa é de um jeito. Eu esperei 21 anos pra conhecer a Disney.

Todas as minhas amigas foram, é meu sonho desde os 15 anos. Queria me esbaldar para depois fazer uma viagem para lá totalmente focada no Arthur. Seria egoísta, sim, ir para lá com ele e fazer uma viagem adulta, onde ele visse e não se divertisse como criança.

É claro que, ao planejar a viagem, estou com meu coração apertado. Vou ver muitas coisas que ele ama! E vou querer que ele esteja lá a cada minuto. Também volta a minha apreensão sobre como ele vai ficar aqui. Ele vai ficar com o pai, mas mesmo assim eu sofro.

Pretendo levar o Arthur nas minhas viagens a partir dos 4 ou 5 anos. Ele vai entender mais, não vai pedir colo o tempo todo e não vai se cansar tanto. E quando ele crescer vou dar a liberdade de escolher as viagens dele e tudo mais. Enfim, o livre arbítrio.

                           

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Priscila Correia

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