Em meio à notícia da segunda gravidez da famosinha Kim Kardashian, volto à minha reflexão sobre ter ou não ter um segundo filho. Na verdade são duas questões que pairam na cabeça das mamães de primeira viagem: ter ou não um segundo filho? E qual é o melhor momento para tê-lo?
Então vamos, como sempre, pensar na realidade atual. Estamos em um país que se afunda cada vez mais em uma crise econômica que tem assustado até os mais otimistas. Outro fator muito relevante é a violência que está cada vez mais presente e não faz mais distinção de gênero, raça, região e classe social. Estamos todos reféns, com medo de sair de casa. Só esses dois itens já fazem a pessoa pensar se vale a pena trazer mais um serzinho indefeso para compartilhar dessa selva conosco.
Isso não te assusta? Ok, vamos para as questões seguintes. Vamos supor que você é uma mãe normal – Kim Kardashians, Angélicas e Angelinas estão fora dessa, ok? – e tem apenas um filho. Você trabalha, seu marido também, nada de babás ou empregadas, só a boa e velha creche.
Em primeiro lugar, se pergunte se a questão financeira vai bem. Você tem que pagar escola, plano de saúde, condomínio (e/ou aluguel), mercado, farmácia e por aí vai. Dá pra viver confortavelmente, com momentos de lazer, festas de aniversário e comprando as coisas que você quer para o seu filho? Se a resposta for sim, ótimo! É isso que procuramos, não é mesmo? Trabalhamos para ter e dar uma vida confortável para nós e nossos filhos. Se a resposta for não, tudo bem mesmo assim. Sempre damos um jeitinho para que nada falte. Nem que tenhamos que trabalhar em vários turnos.
Aí é que entramos na questão do segundo filho. Independente das duas respostas acima, se imagine dobrando essa despesa? Pode parecer frio e insensível, mas devemos pensar nisso, afinal, nossos filhos não vivem só de amor. Mesmo para quem ganha muito bem, ter esse volume de despesas é algo que dá um frio na barriga, imagine quem ganha pouco então!?
Vejam, comecei pela parte financeira porque com a matemática não tem o que discutir: 2+2 = 4 e se você não se enquadrar nesse número, vai ter quer passar mais tempo fora de casa para dar um conforto para a sua família. Aí eu te pergunto: vale a pena se matar de trabalhar para ter uma família grande e não poder curti-los?
A qualidade de vida é ponto que mais pesa, a meu ver, na decisão. Nesse caso, não o fator financeiro, mas o psicológico. Você tem que se imaginar passando por tudo de novo: noites mal dormidas, filhos doentes, chorando, exigindo sua atenção ao mesmo tempo. Preparar tudo em dobro: roupas, lanches, banhos… E aí vem a culpa! Se você dobrar o turno no trabalho, o segundo filho vai perder mais da presença da mãe, ou você vai tirar do tempo que dedicava ao primeiro para dar somente ao segundo.
Tem gente que consegue! Minha irmã é mãe de três (minha mãe também foi), são meninas lindas, que não dão trabalho nenhum, mas …são crianças! Ela é guerreira, eu não sei se conseguiria.Tudo é uma questão de escolha, do que você quer para a sua vida, seus planos pro futuro e tal.
Eu, por exemplo, trabalho como jornalista, assessora de imprensa, eventos e produção de conteúdo, ou seja, jogo nas onze. Já me sinto culpada em não conseguir estar sempre com o Arthur, tenho que me virar pra deixar ele com a minha mãe ou marido para poder trabalhar à noite. Enfim, imagina eu tendo outro filho? Qual a qualidade de vida e atenção vou dar pra ele?? O Arthur também nem cogita dividir o “território” dele.
Já o Théo pediu para a Pri um irmãozinho. Ele quer uma companhia, um amigo pra brincar…e quando ela falou que mesmo se tivesse, ele seria um bebê, não poderia brincar com ele, o Théo mandou a seguinte pérola: Então, você pode pegar uma criança que não tem nada para comer nem ninguém para chamar de mãe, na rua. Ela se emocionou, claro e como já pensava na hipótese de adoção, está pensando na possibilidade. Mas mesmo quando a decisão é essa e não por um bebê que demanda de mais cuidados, é necessário ter uma preparação, dedicar mais tempo em casa e ter uma organização financeira para já assumir escola nova e outros custos.
Então, qual o melhor momento para ter um segundo filho? Na minha opinião, quando você e seu filho estiverem preparados. A partir dos 3 anos é bacana, pois eles já entendem as coisas e já têm uma certa “independência”. Porém, tudo deve ser muito bem pensado, planejado, para que você aproveite cada momento e não surte com as dificuldades. E seu filho tem que levar numa boa também. Com certeza ele vai facilitar muito as coisas pra você se estiver de acordo em ter um irmãozinho. Mas, é claro, isso é a minha opinião e para cada mãe funciona de um jeito.