Joana se casou com Paulo – aquele que acreditava ser o homem da sua vida. Juntos, conquistaram bens materiais, viajaram bastante e constituíram família.
Depois da chegada dos filhos, o tempo a sós entre os dois começou a ficar escasso. E como toda planta que não é regada, o casamento foi enfraquecendo.
O afastamento físico já havia virado rotina entre eles: não tinham mais momentos de lazer em comum e, vez ou outra, até dormiam em cômodos diferentes.
A separação das almas já estava concretizada. Paulo e Joana precisavam apenas sentar e verbalizar o que já era óbvio até para os filhos pequenos: como se daria a separação dos corpos.
Nesta delicada conversa, ambos saíram emocionados e decidiram apenas dar um tempo e entender como seriam os meses seguintes. Nada de divórcio. Apenas um “Até breve…?”
E assim foi.
No primeiro final de semana após a “separação”, Paulo pediu à Joana para passar uns dias com as crianças – em outra cidade!!!!
Neste momento a ficha de Joana caiu! O “você não faz parte desta programação” levou a mãe ao sentimento de exclusão e se deu um vácuo em seu coração.
“Agora sou uma mulher separada!”, pensou Joana! “Não faço mais parte desta fotografia”. “O que fazem mulheres separadas nos finais de semana sem a família!?”
Enquanto os filhos passeavam em outra cidade com o pai, Joana decidiu afundar-se em lágrimas, edredons, brigadeiros e autopiedade. Amigas tentaram animá-la, mas a emoção estava muito mais forte do que a razão.
Os meses se passaram, os passeios sem a mãe continuaram e o confinamento com a tristeza também.
Ao começar a perceber que a vitimização não estava dando os resultados que desejava nem com o ex-marido e nem com os filhos, Joana entendeu que deveria agir diferente. Saiu da posição de coitadinha para ser admirada. Naturalmente, como ocorre com as borboletas, o processo não foi do dia para a noite.
Joana foi compreendendo que amar a si mesma integralmente estava lhe proporcionando mais do que segurança e força. O amor e o respeito próprio lhe deram a liberdade de decidir, inclusive, se realmente desejava continuar naquele casamento. A bola estava em suas mãos!
Força e luz pra você!
Com carinho,
Aline Gomes