As aulas estão de volta e a preocupação com o que o filho vai comer na hora da merenda também. Variar o cardápio pode não parecer uma tarefa fácil, mas é fundamental para garantir uma alimentação equilibrada e a saúde das crianças. Então, ficar de olho no que vai entrar na lancheira é fundamental.
De acordo com relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), pelo menos 41 milhões de crianças com menos de cinco anos são obesas ou estão acima do peso no mundo. No Brasil, mais de um terço das crianças entre 5 e 9 anos está acima do peso. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde, em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o consumo de produtos com alto teor de açúcar e gordura começa cedo no Brasil. O estudo revela que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos e que 32,3% tomam refrigerantes ou suco artificial. “Uma alimentação inadequada pode não somente levar ao desenvolvimento de doenças crônicas, como a obesidade, mas também dificultar o processo de aprendizado”, alerta a nutricionista Patrícia Ruffo, Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott. “O ideal é acrescentar na lancheira um alimento de cada grupo, como proteína, fruta e carboidrato, para garantir uma alimentação saudável e, consequentemente, o crescimento e o desenvolvimento da criança. Além disso, deve-se evitar as opções industrializadas, com alto teor de açúcar, prejudiciais à saúde”, completa.
Infelizmente, quando o assunto é a lancheira das crianças, o alimento industrializado ainda é uma das principais opções, seja pela ideia distorcida de praticidade ou até mesmo pelo custo. Outro ponto de atenção é a quantidade de alimentos que devem compor a lancheira, pois muitos pais têm a ideia equivocada de que as crianças precisam comer bastante, excedendo a quantidade necessária, para comer bem.
E para ajudar os pais na hora de montar o cardápio dos filhos para a escola, a nutricionista dá 10 dicas importantes para um lanche equilibrado:
1. No lanche da escola não pode faltar: um líquido, uma fruta, um tipo de carboidrato e um de proteína;
2. Para beber, opte pelos chás, água de coco ou sucos naturais (que podem ser colocados em recipientes térmicos para não perder os nutrientes com o passar das horas). As lancheiras térmicas também são ótimas opções para o melhor acondicionamento da comida;
3. Escolha alimentos de conhecimento da criança. A lancheira da escola deve ser uma extensão da alimentação feita em casa. Não adianta colocar um alimento que a criança não costuma ingerir em casa, pois as chances dele voltar na lancheira são grandes;
4. Os bolos são uma boa opção para rechear a lancheira das crianças, desde que sejam os caseiros, como o de laranja, limão, cenoura ou fubá. Evite os bolinhos industrializados, eles são ricos em açúcares e gorduras;
5. Mande as frutas cortadas e descascadas. A aparência é um fator determinante para a criança ingerir determinado alimento;
6. Os pães podem e devem entrar na lancheira escolar, mas o ideal é variar o tipo para a criança não enjoar: pão francês, de forma ou de milho são algumas opções. É preciso estar atento ao recheio de cada pãozinho. Neste sentido, os patês caseiros são opções saudáveis e nutritivas;
7. Faça a lancheira com a ajuda das crianças: a aceitação dos alimentos tem mais chances de sucesso quando a criança se sente parte da tarefa;
8. Invista nos petiscos saudáveis: frutas desidratadas, mix de castanhas e cereais sem açúcar são opções nutritivas e saborosas. O ideal é colocar em um pote fechado ou até mesmo em um saquinho;
9. Pense no cardápio antecipadamente: fazer uma lista para cada dia da semana deixará a rotina mais prática, e evitará cometer excessos;
10. Tenha a suplementação como uma aliada: ela é uma ótima alternativa para suprir as necessidades de nutrientes fundamentais para as crianças: ferro, cálcio, zinco, fibras e vitaminas A e D.
“É importante ter em mente que os hábitos adotados na infância têm grande influência na vida adulta. Uma alimentação equilibrada e saudável permite o crescimento e o desenvolvimento adequado das crianças, que se estende a médio e longo prazo”, lembra Patrícia.
Informações: Assessoria de Imprensa