Sempre que o sol chega, as crianças só querem saber de praia, piscina e programas ao ar livre. E os pais, naturalmente, querem levar os filhos para os locais que gostam, mas sem esquecer da proteção adequada. E aí, dá-lhe repelente, protetor solar, chapéus, viseiras, óculos e, atualmente, as roupinhas com proteção UV. No entanto, com este último, é preciso muito cuidado, já que é natural “emendar” programas com a criançada após a exposição ao sol, seja um almoço ou um lanche. O problema é que, como as crianças acabam ficando com a roupa durante muito tempo, pode-se formar uma reação na pele: a foliculite.
Para quem não sabe, a foliculite é uma inflamação superficial no pelo, que pode ser causada por bactérias, vírus ou até fungos. Com isso, acabam se formando bolinhas amareladas envoltas por halo vermelho (conhecidas como pústulas) nas regiões abafadas. O surgimento delas se dá por conta do atrito da pele com o tecido ou o abafamento da região com a roupa, o que aumenta a possibilidade de bactérias e fungos se reproduzirem. “Isso acaba gerando a inflamação, que pode deixar a região um pouco vermelha, causando desconforto na criança”, alerta a dermatologista Gabriella Albuquerque, do Rio de Janeiro.
Ela explica, ainda, que a roupa de proteção UV piora um pouco essa questão porque o calor e a umidade que elas produzem podem desencadear uma reação inflamatória nos folículos pilosos, pois a pele fica abafada. Para melhorar, normalmente o tratamento é feito com pomada de antibióticos ou uso de sabonetes antisépticos (como de clorohexidina, por exemplo).
Para quem tem filhos com foliculite e precisa de proteção contra o sol, Gabriella aconselha trocar a roupa úmida por uma seca enquanto estiver fora da água por um período de tempo maior. ‘Para evitar que a criança desenvolva um quadro de foliculite, aconselho levar duas roupas de banho: sendo duas camisas UV e dois maiôs ou sungas. O ideal é que os pais ou responsáveis troquem a peça de roupa, seque a pele da criança e coloque uma seca, enquanto a outra fica secando. Assim, a criança não precisará deixar de curtir a praia, a piscina ou a atividade ao ar livre. Não esqueça também de aplicar protetor solar nas áreas que não estão cobertas pelo tecido”, finaliza.
Mas é importante lembrar que, caso apareça a foliculite, é preciso procurar um dermatologista para que a inflamação não gere uma ferida no local e o médico passe o tratamento adequado.
Informações: Assessoria de Imprensa