Quando os jovens percebem que algo está errado com a sua visão, eles comunicam esse problema para seus pais ou responsáveis, que posteriormente poderão ser diagnosticados e tratados. No caso dos adultos, a solução é ainda mais simples: é só agendar uma visita com o oftalmologista ou até mesmo passar pelo pronto-socorro, caso seja necessário. Mas como fazer para identificar problemas oculares em crianças?
De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 12% das crianças em idade escolar têm problemas de vista. Porém, ainda existem dados mais preocupantes sobre o assunto. Uma pesquisa feita pelo Instituto Penido Burnier, em Campinas, indicou que 8 em cada 10 crianças em idade pré-escolar nunca passaram por uma consulta com o oftalmologista, o que é um índice muito alto.
Esse é um assunto que precisa ser tratado com total cuidado e atenção, já que qualquer problema pode fazer com que não apenas a visão, mas também o desenvolvimento estudantil, pessoal e até mesmo comportamental das crianças sejam afetados.
Felizmente, não é tão difícil assim fazer esse diagnóstico.
Mas como saber que uma criança tem problemas de visão? Quando se trata de jovens e adultos, o fato de poder comunicar esses problemas também se dá porque eles já conseguem conversar e expressar o que estão sentindo, mas não é só por isso. É fácil identificar um problema de saúde: basta comparar as condições normais de saúde com aquelas que estamos sentindo no momento. Uma criança, porém, não tem esse parâmetro, embora também possa sofrer com problemas de vista.
Imagine que uma criança de 2 anos tenha hipermetropia. Além de não poder comunicar isso aos seus pais, muitas vezes nem ela própria sabe disso, já que não tem o parâmetro do que é uma visão normal. Por isso, a percepção de um eventual diagnóstico de problemas oculares não depende apenas da criança, mas principalmente de seus pais ou responsáveis e dos professores, que costumam passar mais tempo com ela.
Mesmo que jamais tenha sido identificado qualquer comportamento estranho, é imprescindível que as crianças sejam consultadas por oftalmologistas, o que se torna ainda mais importante se os adultos perceberem algo de errado.
As crianças dão alguns sinais de que estão com algum tipo de problema na visão, mas estes são involuntários. Por isso, é preciso prestar muita atenção durante a convivência com elas, de modo a poder identificar esses sinais. Estes podem até ser pequenos sinais, mas que precisam ser observados. Caso contrário, a saúde ocular das crianças pode piorar ainda mais com o passar do tempo.
1 – sentar muito perto da TV ou colocar os livros muito perto do rosto:
Se a criança não consegue enxergar adequadamente, então ela tentará fazer algo para melhorar a qualidade de sua visão, como sentar muito próximo à TV ou colocar os livros quase colados em seu rosto. Esse é um sinal bem simples e prático de se entender, já que os adultos já sabem qual é o espaço adequado para poder assistir ou ler algo.
2 – perder-se durante uma leitura ou usar o dedo para guiar a visão:
Muitas crianças fazem isso quando estão aprendendo a ler, o que é normal, já que elas ainda não se acostumaram completamente com a leitura. Porém, quando isso persiste por muito mais tempo, pode ser que haja algum problema. Nesse caso, pode ser que a retina não consiga se focar muito bem para onde a criança olha, o que faz com que ela tenha que usar seu dedo para acompanhar a leitura. Caso contrário, ela pode se perder.
3 – esfregar ou coçar os olhos com frequência:
Nunca é saudável coçar ou esfregar os olhos, mas é até normal se isso acontecer muito raramente. Porém, quando o ato é repetido por várias vezes, pode ser o sinal de que algo está errado. O problema pode ser causado quando o ar está muito quente e seco, como uma consequência de rinites alérgicas, sinusites e bronquites e até mesmo como efeitos colaterais de determinados remédios. Porém, também é possível que isso aconteça em decorrência de problemas de visão, como terçol, conjuntivite, uveíte ou alergias.
4 – fechar um dos olhos:
Quando nós esquecemos os óculos em casa, é bem comum que tenhamos que fechar apenas um dos olhos para enxergar com aquele que é melhor. As crianças também podem fazer isso – mesmo sem saber que precisam de óculos. Por perceber que um de seus olhos funciona melhor do que o outro, algumas crianças tampam o outro para que consigam enxergar bem, o que claramente não é bom para a sua saúde. Essa é a famosa doença conhecida como olho preguiçoso, que também pode ser chamada de ambliopia ou olho amblíope. Por isso, muitos pequenos usam aqueles tampões nos olhos, para poder incentivar o “olho mais fraco” a se desenvolver.
5 – dores de cabeça constantes:
Quem usa óculos todos os dias e esquece de pegá-los para levar ao trabalho ou à faculdade provavelmente enfrentará um dia bem difícil. Afinal de contas, além de não enxergar direito, um dos sintomas mais comuns é a dor de cabeça. Isso também acontece com as crianças, que muitas vezes falam para seus pais, responsáveis ou professores que estão com dor de cabeça, enquanto estes não conseguem encontrar qual é o motivo que causa essa dor. É bem provável que o problema esteja na saúde ocular, causado por hipermetropia ou estrabismo, o que faz com que a criança tenha que forçar a sua vista e, consequentemente, tenha dores de cabeça.
Mas como saber, de fato, qual é a doença ocular das crianças? Estes sintomas, acima, são apenas alguns dos vários indicativos de uma saúde ocular fragilizada. Assim que forem percebidos pelos pais ou responsáveis, estes devem encaminhar o pequeno para um oftalmopediatra ou um oftalmologista. O médico responsável saberá quais são os exames necessários para diagnosticar eventuais problemas oculares nas crianças, que devem ser tratados o quanto antes para não influenciarem negativamente em suas vidas.
Se esse tratamento não existir, são grandes as chances de que os problemas se agravem com o passar dos anos, até chegar um ponto em que o tratamento dessas condições será muito mais complicado ou até mesmo impossível. Mas geralmente, as soluções escolhidas para essas crianças são o uso de óculos ou de tampões nos olhos. Mas se for algo mais sério, então pode ser necessária a realização de um procedimento cirúrgico, para garantir sua máxima qualidade de vida.
Seja qual for a solução encontrada, é importante confortar a criança e não dizer que seu olho é ruim ou tem algum problema, mas sim que eles podem ficar ainda melhores. Dessa forma, elas não se sentirão abaladas psicologicamente.
Para identificar qual é o melhor tipo de tratamento, depois de uma avaliação médica, ela pode ser encaminhada para a realização de exames de imagem, como ultrassonografias, tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas. Com o auxílio dos laudo a distância de exames de imagem, a resposta virá ainda mais rapidamente e o tratamento poderá começar o quanto antes.
Informações: Assessoria de Imprensa