Se nas décadas de 1990 e 2000 as crianças eram matriculadas nos cursos de idioma por volta dos 12 anos, ou seja, após a alfabetização da língua materna, de uns anos para cá essa prática mudou. A exigência no conhecimento de um segundo idioma, principalmente o inglês, se multiplicou com o passar dos anos e os pais, que outrora começaram o aprendizado tardio, sentem agora as possíveis dificuldade daquela realidade. Somado aos novos hábitos, que procura estimular as crianças logo na primeira infância, a premissa que ronda as conversas dos pais é a partir de qual idade se pode inserir a criança em outro idioma e qual a melhor metodologia a ser adotada.
Segundo a professora de inglês Sylvia Helena Palma de Moraes Barros, CEO da rede de franquias especializada no ensino da língua inglesa para alunos de dois a 12 anos, The Kids Club, quanto mais cedo, melhor. “O contato com um novo idioma desde a infância, se feito de maneira adequada e natural, faz a diferença no processo de aprendizado, pois envolve o aluno de forma que ele aprenda com facilidade, e cria nele o gosto pelo idioma, além de desenvolver outras habilidades, inclusive o melhor uso da própria língua materna”, pontua.
Por sua vez, o professor Willian Morgan, diretor acadêmico associado da Maple Bear Canadian School, rede de escolas bilíngues com metodologia canadense por imersão, corrobora. Para ele, até os 36 meses, o cérebro infantil não está dividido ainda em hemisférios direito e esquerdo e, por isso, as propriedades de ambos lados ainda estão conectadas, tal como emoção e razão. “Nesse período, o contato com mais de uma língua é feito de forma natural, através dos sentidos, e melhora o desenvolvimento da linguagem oral e, consequentemente, da escrita e leitura no futuro”, pontua o especialista. É nessa etapa que as crianças reconhecem os sons, absorvem fonemas, sotaques e faz associações com palavras e imagens, sendo incutido no cérebro como um todo.
Métodos de ensino do inglês
A nova tendência educacional, que tem se consolidado no mercado brasileiro para suprir a demanda pelo ensino do segundo idioma, sobretudo o inglês, destinou aos pais a tarefa de pesquisar atentamente as metodologias disponíveis no mercado de ensino infantil e médio para esse contato e aprendizado. O inglês desde a primeira infância, que antigamente era uma dúvida entre os pais, hoje passou a ser essencial. Com isso em mente, a dica é entender as diferenças entre as metodologias e buscar aquela que atenda aos objetivos dos pais e o perfil da criança.
Escolas bilíngues: por meio de imersão no idioma, as escolas bilíngues oferecem, nos primeiros anos, até 100% do tempo em contato com o inglês, diminuindo conforme ocorre, em paralelo, a alfabetização da língua mãe. “Para denominar-se bilíngue, é necessário que haja investimento por parte da escola, dedicação e grande comprometimento da instituição, uma vez que mudanças importantes são necessárias, envolvendo aspectos como treinamento e capacitação do corpo docente, mudanças estruturais e de gestão. O bilinguismo não é um adendo à metodologia da escola, ele é parte integrante e inerente da própria base conceitual do ensino oferecido e, para ser eficiente, deve permear a instituição em todas as suas dimensões”, explica o diretor acadêmico da Maple Bear.
Escolas internacionais: embora a grade curricular conte com disciplinas em outro idioma, as escolas internacionais mantêm o português como predominante. O currículo também é diferente, baseando-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e em conteúdos internacionais, como inglês, americano ou francês –inclusive com calendário baseado nesses países-, aumentando as chances dos alunos saírem da escola e ingressarem em instituições estrangeiras sem desvantagem de conteúdo. Há casos, também, em que, mesmo internacional, o colégio se baseie no currículo brasileiro, como a BNCC, com carga horária majoritária em inglês, alterando conforme o avanço e idade educacional do aluno.
“Embora, atualmente, exista uma grande oferta de escolas que falem e ensinem mais de uma língua e cultura no mercado educacional, são poucas (apenas 33, no Brasil) que possuem algum certificado, como o International Baccalaureate (IB), amplamente reconhecido no meio acadêmico, concedido às instituições aptas a oferecer um ensino que englobe aspectos intelectuais, pessoais e emocionais, assim como às habilidades de viver, aprender e trabalhar num mundo globalizado”, explica Arno Krug, CEO da Sphere International School, rede de franquias que nasceu da experiência bem sucedida da Esfera Escola Internacional.
Programas bilíngues para crianças: diferentemente das escolas bilíngues, que têm como compromisso oferecer pelo menos metade da grade curricular em outra língua, e das escolas internacionais, que são chanceladas por certificados estrangeiros, os programas bilíngues têm surgido como uma opção para os colégios convencionais abordar o ensino do segundo idioma de maneira muito mais certa e eficiente.
Para os pais, praticidade e segurança despontam como os principais fatores para a opção por um curso de inglês eficaz oferecido dentro da própria escola regular onde o filho já estuda. “Levamos uma opção mais acessível de inglês em aulas de imersão para crianças de até 12 anos aplicado em escolas em que os alunos já passam o dia, não precisando ser deslocadas para uma escola de línguas num horário paralelo, diminuindo problemas de logística e deslocamento”, ressalta a CEO da The Kids Club.
Informações: Assessoria de Imprensa