Bullying é a palavra usada para descrever comportamentos agressivos, repetitivos e intencionais para com o outro. Podem tomar a forma de intimidações físicas, verbais, psicológicas ou sexuais, e acontecer tanto presencialmente quanto por meios digitais. As crianças que sofrem com tais práticas apresentam quadros de ansiedade, estresse e medo, e podem se tornar mais introspectivas e retraídas, comprometendo o desenvolvimento social. Há casos mais graves, que levam a depressão e possíveis agressões contra a própria vida. Com o objetivo de impedir esse tipo de comportamento e fomentar uma consciência coletiva para além dos limites da escola, a Maple Bear Canadian School criou políticas Antibullying com apoio de pais e responsáveis, supervisão da equipe docente e de funcionários das unidades e participação dos próprios alunos.
De acordo com o CEO da rede canadense, Arno Krug, o programa de ensino tem várias práticas e estratégias no sentido de prevenir e extinguir o bullying nas escolas, entre eles, a tutoria, que acontece em encontros semanais individuais entre o docente e os alunos do Ensino Fundamental e Médio. “Como referência em cidadania e educação, os professores da rede têm também a função de tutores, ou seja, asseguram o bem-estar emocional e social dos alunos individualmente em encontros semanais”, explica Krug. “Esse relacionamento mais próximo entre o professor e o jovem é essencial para que o bullying possa ser identificado, trabalhado e solucionado”, frisa.
Em paralelo, as mais de 100 unidades da rede no Brasil realizam projetos temáticos, discussões em sala de aula e palestras com especialistas no assunto, além de incluir já no currículo uma forte conexão com o tema respeito a diferenças. “Os pais também têm papel fundamental no combate ao bullying. Precisam estar presentes na rotina de seus filhos e ouvi-los com atenção, sem julgamento”, afirma o diretor acadêmico da Maple Bear Canadian School, Peter Visser.
Dando exemplo
Incentivada pelos professores e consciente dos problemas que tais práticas podem trazer às vítimas, a aluna do 9º ano da Maple Bear Mogi das Cruzes, Isadora Romero Brandalise (14), desenvolveu o projeto No bullying, no audience (Sem plateia, sem bullying), com o objetivo de contextualizar e conscientizar os colegas sobre os perigos de “zoar” os colegas.
O projeto da estudante, desenvolvido ao longo de 2017, foi selecionado pelo Fundo das Nações Unidas Para a Infância (Unicef) para ser apresentado na Assembleia das Nações Unidas em Nova York, EUA, junto com um Conselho Global de Adolescentes de países como Estados Unidos, Holanda, Índia, África do Sul e Turquia. “A ideia foi abordar as pessoas que estão ao redor do acontecimento, porque, se não houvesse ‘plateia’, o agressor ficaria sem estímulos”, explica Isadora.
Informações: Assessoria de Imprensa