Comemora-se no dia 1 de agosto o Dia Mundial da Amamentação, data criada no ano de 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action – WABA) com o intuito de conscientizar as mulheres sobre a importância do aleitamento materno, visto que nos primeiros seis meses de vida de um bebê essa deve ser sua única fonte de alimento. E, de acordo com especialistas, os benefícios são inúmeros tanto para os bebês quanto para as mães. Sendo assim, a alimentação e ingestão de nutrientes específicos devem ser um ponto de atenção.
É o que explica a nutricionista Marinna Reis. “É importante enfatizar que no período de amamentação, a alimentação, noites de sono regulares e uma ingestão adequada de líquidos são fatores que podem influenciar na produção do leite materno. É interessante neste período variar a alimentação em cores e sabores, para que a mãe tenha um aporte maior de nutrientes, contribuindo de forma positiva para a sua saúde e a do bebê. Uma alimentação pobre em nutrientes pode deixar a mãe desnutrida e isso não é interessante, pois pode gerar uma piora na disposição, o estresse oxidativo aumenta e a produção do leite pode ser prejudicada”, alerta Marinna.
Alimentação: O que comer e o que evitar?
Visto que a hidratação tem um papel de destaque neste período, a ingestão de líquidos ricos, como chás (os que são liberados) e sucos (principalmente os que unem frutas, vegetais e sementes), são fortes aliados na produção do leite. Em relação à alimentação balanceada para as mulheres em fase de aleitamento, recomenda-se uma ingestão adequada de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos), além de vitaminas e minerais. Prezar pela naturalidade dos alimentos também é algo a ser levado em consideração, ou seja, desembalar menos e descascar mais.
No período de amamentação é comprovado que alguns alimentos influenciam no bem-estar do bebê. Legumes (cozidos, crus), frutas, suco de frutas e ovos são riquíssimas fontes de nutrientes, além de atuarem na prevenção de alergias futuras.
Ainda na esfera alimentícia, a ingestão de alguns alimentos específicos deve ser moderada, como é o caso de alimentos ricos em enxofre (feijão, couve, brócolis, rabanete, couve-flor) que, mesmo sendo muito saudáveis, quando consumidos em excesso, podem gerar cólicas e desconfortos gástricos no bebê. O consumo de leites bem como seus derivados e alguns condimentos (açafrão, pimenta, cacau) também necessita de atenção por parte das mães. Alimentos como café, bebidas alcoólicas e fast-foods em geral devem ser evitados.
Desmistificar é preciso!
Quem nunca ouviu algum familiar mais tradicional compartilhar suas teorias sobre como alguns alimentos e bebidas aumentam e/ou diminuem a produção de leite materno? Quantas mães e avós não consideram as cervejas pretas, caldo-de-cana e canjica como aliadas poderosas neste período? Para Marinna, esses credos populares precisam ser desmistificados o quanto antes. “Não existem alimentos específicos que aumentam ou diminuem a produção de leite. O que garante que essa produção seja eficaz são uma boa pegada do bebê e a sua sucção, baixo estresse e ansiedade na mãe e hidratação correta”, diz a especialista.
Outras desmistificações são:
- A amamentação não faz mal à mãe. Pelo contrário. O ato de amamentar ajuda a mãe a perder peso mais rápido após o parto, além de diminuir o sangramento intrauterino no pós-parto;
- A amamentação não causa dor nos seios da mulher. Pode ocorrer um inchaço no seio e o vazamento do leite, além de um desconforto físico, mas se a mãe tiver sido corretamente orientada antes, a pega correta (relação da boca do bebê com a mama da mãe) e uma massagem no seio são suficientes para garantir que não haja maiores dificuldades;
- O leite nos primeiros dias após o parto não é mais fraco. No começo é normal um volume mais baixo e uma coloração diferente, o qual chamamos de colostro. Só depois que a produção aumenta;
- Mulheres que amamentam não devem seguir uma dieta muito restritiva. A alimentação da mãe deve ser equilibrada e variada;
- Excesso de exercício físico aliado à dieta restritiva podem prejudicar a produção do leite materno.
Fonte de Vida!
O leite produzido pela mãe contém todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento do bebê. “Além disso, o leite materno contribui para a formação da resposta imunológica (contém imunoglobulinas) e também atua na manutenção da microbiota (função intestinal) do bebê”, conclui a nutricionista.
Informações: Assessoria de Imprensa