Por Pedro Lino.
Depois de alguns meses de uma convivência cheia de cuidados e proteção, eis que chega o grande dia: seu bebê vai à escola! E o que seria um momento de comemoração, uma vez que a criança está avançando para uma das etapas mais importante de sua vida, torna-se, para a maioria dos pais, um pesadelo. Todos sabem da importância que a escola tem no desenvolvimento da criança, seja no aspecto da sociabilidade, das habilidades psicomotoras, ou do desenvolvimento do intelecto. Por que, então, essa missão de enviar o bebê a uma instituição de ensino torna-se algo penoso?
A preocupação é compreensível e explicável, pois, de fato, o bebê não terá a mesma atenção que teria em casa, é possível que tenha alguma gripe ou resfriado por estar em contato com ambiente e pessoas diferentes e também pode sofrer para se adaptar com a nova rotina. Não vou mentir: o processo de separação será realmente difícil – tanto para os bebês quanto para os pais – e não há uma receita mágica.
Para que o processo seja menos doloroso, os pais podem tomar algumas medidas, como buscar por escolas que atendam as necessidades básicas do bebê, que vão além de apenas dormir, comer e estar limpo, mas também referem-se a questões socioafetivas. Os bebês precisam de proteção, carinho e principalmente companhia. Assim, o processo adaptativo deve ser feito por etapas, respeitando o tempo da criança até que ela sinta-se confortável e segura no novo ambiente.
Nos primeiros dias, recomenda-se que o bebê fique na escola poucas horas, tenha acompanhamento dos pais, leve um objeto de apego e que as despedidas sejam breves, até que ele estabeleça um bom vínculo com seu educador e faça amigos. Em casa, deve-se ter atitudes positivas ao se referirem à escola, perguntando à criança o que foi feito no dia, o que ela mais gostou, quais os planos para o dia seguinte e incentivando-a a compartilhar o que está sentindo.
Com essa adaptação, tanto dos pais, quanto da criança, o processo de saída do “seu bebê” de casa para a rotina escolar pode ser mais tranquilo. Basta lembrar que é apenas mais uma fase do desenvolvimento de seu filho e, como muitas outras que virão, necessária e importante para o amadurecimento.
*Pedro Lino é mestre em Educação e especialista em Gestão Escolar. Supervisor pedagógico da Área Pública da Editora Aprende Brasil, do Grupo Positivo.
Informações: Assessoria de Imprensa.