Coceira excessiva, vermelhidão e lesões na pele são sintomas conhecidos e recorrentes para quem tem dermatite atópica. Trata-se de uma doença crônica, provocada por desequilíbrio do sistema imunológico, o que gera resposta inflamatória exagerada e quebra da barreira da pele.
“A dermatite atópica é uma manifestação alérgica, assim como diarreia e vômito. Só que nesse caso ela ocorre na pele. Como as demais patologias crônicas, não existe um remédio que elimine o problema, mas é possível controlar”, explica o pediatra e nutrólogo Fábio Ancona.
A dermatite está presente em cerca de 25% das crianças. Porém, adultos também podem sofrer com a enfermidade – estima-se que entre 2% e 9% tenham a doença.
“As causas do desequilíbrio que gera a dermatite atópica não são claras. Mas sabemos que o fator genético influencia bastante. Em famílias com histórico de alergias, como asma ou renite, há maior probabilidade de ocorrer o problema”, comenta o Ancona.
Embora não seja exclusivo das crianças é na primeira infância que a dermatite aparece. Nessa faixa etária as opções de tratamento para minimizar os sintomas são escassos. Porém, opções seguras podem ser encontradas em produtos à base de pimecrolimo.
“Os pais precisam ficar bem atentos ao tipo de tratamento que farão. É preciso falar com o pediatra, pois o nível de toxidade na maioria dos medicamentos (como corticoides) é muito elevada para expor a criança. Mas isso não significa que o paciente ficará sem tratamento, pois já existem opções adequadas e seguras, principalmente os produtos à base de pimecrolimo, que pode ser utilizado a partir dos três meses de vida, reduzindo as crises de dermatite. Pacientes adultos também precisam ter essa atenção”, explica o médico, que ressalta ainda que as fórmulas em creme são absorvidas melhor.
A dermatite atópica tem maior recorrência no rosto e nas juntas do corpo, podendo assim influenciar as relações sociais dos pacientes. Por isso, é necessário ter cuidado. “É possível viver sem coceiras, dormir bem e ter pele saudável com a doença, mas também é necessário buscar indicação de um médico para o melhor tratamento. A palavra-chave é controlar”, conclui o pediatra.
Informações: Assessoria de Imprensa.