Não são só os adultos que podem ter hipotireoidismo (queda na produção dos hormônios da tireoide). A disfunção pode aparecer na infância e as causas principais são o hipotireoidismo congênito, que é quando a criança nasce sem a glândula tireoidiana, e a tireoidite de Hashimoto, a mais comum na fase adulta e chamada tireoidite autoimune.
A criança pode apresentar déficit de crescimento, sonolência e até puberdade precoce. Em bebês, o hipotireoidismo pode levar a sequelas cognitivas no sistema nervoso central que podem ser permanentes.
A identificação precoce da doença na criança é fundamental para um desenvolvimento saudável. Em bebês, o diagnóstico é feito pelo Teste do Pezinho, que deve ser realizado entre o terceiro e quinto dia após o nascimento para detectar o hipotireoidismo congênito.
“O tratamento é essencialmente com a reposição do hormônio tireoidiano, assim como é feito no adulto. No caso do hipotireoidismo congênito, quando a criança nasce sem a tireoide, ou quando é preciso retirar a tireoide é uma situação definitiva, ou seja, não tem cura”, explica a endocrinologista Lorena Lima Amato.
A especialista conta que é preciso cuidados para fazer uma reposição hormonal adequada na criança, já que é necessário tomar a reposição hormonal em jejum, respeitando 30 minutos antes da primeira refeição do dia. “A partir de exames laboratoriais é possível deixar a dosagem hormonal em níveis adequados para permitir um desenvolvimento normal da criança”, conclui.
Informações: Assessoria de Imprensa.