Não é novidade que as crianças aprendem novos conhecimentos com mais facilidade e rapidez que os adultos — este é, por exemplo, um dos principais argumentos para que os pais as coloquem em contato com um segundo idioma o mais cedo possível. Pesquisadores da Brown University (EUA) descobriram que o motivo pode estar na concentração de um neurotransmissor conhecido como Gaba.
Enquanto nos adultos o ácido gama-aminobutírico (Gaba) permanece constante durante períodos de estudo, nas crianças ele é capaz de dar um rápido salto. Segundo os cientistas, o aumento de concentração dessa substância tem um papel importante na estabilização do conhecimento adquirido, que facilita o aprendizado no caso dos pequenos e indica que o cérebro infantil responde a treinamentos e ensinamentos de forma diferente.
De acordo com a pesquisa, as crianças são aprendizes mais eficientes, capazes de assimilar mais informações que os adultos em uma mesma janela de tempo. Isso vale para os mais diversos tipos de informação: de andar de bicicleta à matemática, passando pelo aprendizado de idiomas, de instrumentos musicais e técnicas de trabalhos manuais.
Além dos aspectos neurológicos, elementos emocionais também podem influenciar no ritmo de aprendizado humano. Nesse quesito, as crianças frequentemente também saem na frente. “Diferente dos adultos, elas não criam expectativas ou ansiedade sobre o processo de aprender. O ideal é que elas vivenciem o aprendizado junto de dinâmicas mais descontraídas e brincadeiras, o que faz com que aprendam com menos cobranças e mais entusiasmo”, explica Ana Paula Detzel, coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio Marista Santa Maria.
Mesmo que a faixa etária favoreça a aprendizagem, Ana Paula ressalta que é importante que os pais e familiares estimulem esse processo nos diferentes contextos da vida cotidiana. Confira algumas dicas para auxiliar os pequenos em seu desenvolvimento cognitivo, motor e pessoal.
• Estimular a criatividade da criança e responder com paciência o grande número de perguntas que é característico da infância;
• Incentivar que ela pratique atividades físicas como brincadeiras, esportes, bicicleta ou patins, de preferências junto de amigos ou vizinhos;
• Promover uma educação bilíngue, que desenvolve aspectos cognitivos como a memória e amplia as conexões neurais;
• Aproveitar a tecnologia sugerindo jogos, desenhos e programas com conteúdos educativos, que podem unir diversão e aprendizado;
• Expor a criança a novas experiências na rotina: pode ser um momento para cozinhar em família, um passeio para estar em meio à natureza ou para conhecer um museu, por exemplo;
• Prestar atenção aos conteúdos que ela estuda na escola e conversar sobre ou planejar atividades que possam acrescentar conhecimentos sobre o assunto.
Informações: Assessoria de Imprensa.