As decisões que uma pessoa toma durante o dia impactam na disposição dela para persistir? O cérebro tem uma capacidade limitada para isso, que vai sendo reduzida ao longo do dia. Muitos estudos testaram os desempenhos de grupos de pessoas em resolução de problemas, com diferenças entre aqueles que fizeram ou não escolhas (decisões) logo antes do problema ser proposto. Todos eles demonstraram que as pessoas que tomaram mais decisões antes foram as mais propensas a desistir e ter um pior desempenho no problema.
Segundo a mestre em Neurociências Lívia Ciacci, neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, é importante ter uma rotina nos estudos, fazer o planejamento prévio e segui-lo. “A função de guiar o aprendizado é manter o cérebro mais descansado, despreocupado com o que fazer – ou seja, liberto da necessidade de decidir a cada momento o que fazer. O cansaço derivado da fadiga mental sempre vai acontecer todas as vezes que a atividade intelectual for intensa – é biológico. Mas nossa motivação e hábitos podem ser modificados a favor do aprendizado”, explica.
Lívia ressalta que é possível aplicar os estudos e conhecimentos da neurociência em nosso dia a dia. “Entender como você aprende melhor, eleger quais aprendizados vão trazer impactos positivos para a vida e criar uma estratégia de estudos ou práticas que não conflitem com momentos que você já esteja saturado de decisões tomadas ao longo do dia são ações possíveis. Seres humanos são naturalmente curiosos, mas não são naturalmente bons pensadores. O cérebro foi projetado para evitar que tenhamos que pensar. A persistência mora na solução e nos motivamos a persistir sempre que sentimos que conseguimos avançar. A atividade mental é atraente para nós porque, quando bem-sucedida, recompensa com a sensação prazerosa. Para ter mais disposição, torne a rotina mais favorável ao trabalho mental”, complementa.
Dicas para aplicar a neurociência no dia a dia e ter resultados
1. Estabeleça uma recompensa após o esforço. Treine o cérebro a entender que, após o esforço, o aprendizado é prazeroso e traz benefícios.
2. Tenha clareza dos passos e celebre os pequenos avanços! Na medida em que for sendo bem-sucedido nos avanços, o cansaço fica menos intenso.
3. Explore sua curiosidade e identifique qual é o seu interesse pelo que deseja aprender. Fragmente os períodos de estudo entre períodos de descanso e reparta a meta maior em pequenas metas alcançáveis. O descanso evita a fadiga mental e as metas fáceis agem na percepção de recompensas.
4. Se chegou à fadiga mental, a solução é mudar de tarefa ou ir dormir!
5. Para executar uma atividade que não gosta ou não tem muita aptidão, você terá que aplicar um controle sobre sua atenção.
Informações: Assessoria de Imprensa.