Pique esconde, pique pega, pique parede, pique cola colorido, pique sei lá mais o quê… Quando uma criança pensa em brincar com as outras ao ar livre, a primeira palavra que vem à mente é o tal pique. O complemento não importa desde que tenha muita corrida. Mas a questão é que às vezes temos pouco espaço e precisamos ajudá-los a inventar outras brincadeiras para entretê-los quando estão juntos.
Meu filho chegou da escola dizendo que queria uma ideia de alguma brincadeira diferente do pique diário para brincar no recreio e me pus a pensar em algumas soluções divertidas inspirada nas nossas brincadeiras de antigamente e que podem ser boas ideias não só para a diversão na escola, como também para diverti-los nos fins de semana, férias e até nas festinhas da criançada.
Vamos lá?
- Batata quente
Número de crianças: a partir de 4
Com uma bola em mãos, as crianças sentadas devem formar um círculo. Uma delas deve estar fora da roda e com os olhos tampados. Ela deve cantar uma música em diferentes velocidades para que as outras passem a bola. Quando ela disser “queimou”, quem estiver com a bola em mãos é eliminado. - Passa anel
Número de crianças: a partir de 4
Uma criança será o passador do anel. Com o objeto entre as palmas da mão, ela deve passar suas mãos entre as dos participantes, que devem estar posicionados lado a lado ou em círculo. O passador deve fazer isso quantas vezes quiser, mas em uma delas deve deixar o anel. Quando acabar, ele pergunta a outro jogador com quem ficou. Se a pessoa acertar, os papéis são invertidos. Se não, tudo continua igual. - Adoleta
Número de crianças: a partir de 2
Os participantes sentam em círculo e intercalam as palmas das mãos viradas para cima, de modo que a mão direita de um bata sobre a palma da mão direita do integrante à esquerda. Assim que o integrante for tocado, deverá bater na palma do participante seguinte e assim por diante. As palmas seguem a silabação da música:
“A-do-le-tá
Le peti
Tole tolá
Le café
Com chocolá
A-do-le-tá
Puxa o rabo do tatu
Quem saiu foi tu!”
Quando a cantiga terminar, o último participante a ser atingido será eliminado e o jogo recomeça, até restar um. O participante que está na berlinda também pode tentar tirar a mão e, assim, se safar. - Adedanha
Número de crianças: a partir de 2
É uma ótima forma de aprender o alfabeto e um bom desafio para crianças maiores de 7 anos que já têm um vocabulário maior e já sabem escrever. Distribua a folha que contém seis colunas com categorias como: nome de pessoas, lugares, animais, frutas, cores, carros, comida etc.
Os participantes sentam em roda e dizem juntos “a-de-da-nha!” e apresentam o número de dedos que quiserem, como se faz em par ou ímpar. Em vez de contar número, os jogadores deverão contar letras. Por exemplo, se todos os participantes juntos colocaram 5 dedos, chegaremos a letra “E”. Então, todos devem escrever um nome de pessoa, lugar, animal, fruta, cor, carro ou comida que comece com “E”.
Aquele que terminar de preencher todas as colunas primeiro deve gritar “pare” ou “stop” e os outros devem parar de escrever. Cada palavra igual ao do colega vale cinco pontos, a palavra que ninguém mais escreveu vale 10 pontos e o espaço em branco, zero. As rodadas vão durar o tempo em que todo mundo concordar e, no final do jogo, ganha quem somar mais pontos. - Cabo de guerra
Número de crianças: de 4 a 10
Divida as crianças em dois times. Cada um ficará de um lado do campo e segurando um lado da corda. Cada time puxa para o seu lado, com toda força. Ganha a equipe que ficar por pelo menos um minuto com a maior parte da corda. - Não fale: É, Não e Porque / Sim, não
Número de crianças: a partir de 2
A brincadeira começa com todos em pé. Uma criança pergunta para as outras várias questões que precisam ser respondidas sem usar as palavras acima. Quem falar é, não ou porque precisa sentar e não participará das outras perguntas. Aqueles que sobrarem em pé são os ganhadores da brincadeira. Exemplo de perguntas: Você gosta de sorvete? Você gosta da sua mãe? Por que você gosta de azul? As respostas que uma pessoa falar não podem ser repetidas. - Tudo que seu mestre mandar
Número de crianças: a partir de 2
Um participante deve ser nomeado o mestre, que fica em frente aos demais, e ordena que imitem os seus gestos, dizendo: “O mestre mandou…”. Porém, as crianças só devem imitar se o mestre disser essa frase antes de indicar o gesto. O jogador que imitar sem ouvir “o mestre mandou”, é eliminado. - Morto – Vivo
Número de crianças: a partir de 3
Um participante deve ficar a frente dos outros dando os comandos de morto e vivo. E as outras devem abaixar, se ele disse “morto”, ou levantar, se disse “vivo”. As palavras devem ser ditas em ordens variadas de forma rápida ou lenta para confundir os participantes. Quem sentar na hora de levantar e vice-versa é eliminado. Ganha quem fizer certo até o final. - Bobinho
Número de crianças: a partir de 3
É uma brincadeira de bola. Os jogadores vão jogando a bola um para o outro e o bobinho fica no meio. O objetivo do bobinho é roubar a bola. Se conseguir, quem lançou a bola pela última vez será o novo bobinho. Pode ser brincado com os pés ou com as mãos. - Cinco Marias
Número de crianças: a partir de 2
O jogo pode ser praticado de diversas maneiras. Uma delas é lançar uma pedra para o alto e, antes que ela caia no chão, pegar outra. Depois tentar pegar duas, três, ou mais, ficando com todas as peças na mão. Na antiguidade, os reis praticavam com pepitas de ouro, pedras preciosas, marfim ou âmbar. No Brasil, costuma ser jogado com pedrinhas, sementes ou caroços de frutas, ossos ou saquinhos de pano cheios de areia. - Caça ao tesouro
Número de crianças: a partir de 2
Deixe um objeto ou prenda escondido em algum lugar do ambiente. Em locais diferentes, coloque papéis que contenham as pistas que levarão ao tesouro. A primeira deve levar os participantes à próxima e assim até chegar na última, que será o prêmio. Esse jogo pode ser individual ou em equipe. - Corre cotia
Número de crianças: a partir de 4
É uma brincadeira de pega-pega em forma de ciranda. Para começar, é preciso um lenço ou um pedaço de pano. As crianças formam uma roda e sentam no chão, menos uma, que deve correr pelo lado de fora da roda com o lenço na mão, ao ritmo da ciranda:
Corre cotia Na casa da tia Corre cipó Na casa da avó
Lencinho na mão Caiu no chão Moça(o) bonita(o) do meu coração
No final da música a criança pergunta: Posso jogar? E a roda responde: Pode! Criança: Ninguém vai olhar?Roda: Não!
Neste momento, as crianças da roda abaixam a cabeça e tapam os olhos com as mãos. A criança que está fora da roda deixa cair o lencinho atrás de alguma outra que esteja sentada. Quando esta perceber, começa o pega-pega entre as duas. Ou o pegador pega o fugitivo ou o fugitivo se senta no lugar dele, o que vai transformar o pegador no próximo a dar voltas com o lencinho. - Mamãe, posso ir?
Número de crianças: a partir de 3
Traçam-se no chão duas linhas distantes entre si. As crianças ficam atrás de uma das linhas e a Mamãe atrás de outra. A brincadeira consiste em avançar em direção à linha em que está a Mamãe . Isto é feito através de vários tipos de passos, ordenados conforme a vontade da Mamãe . A Criança fala, então: Mamãe, posso ir ? Mamãe: Pode. Criança: Quantos passos ? Mamãe: Dois de formiguinha. (poder ser de outro tipo) avançado em direção à Mamãe . A que chegar primeiro junto a ela será sua substituta. Tipos de passos: formiguinha (colocar o pé unido à frente do outro); elefante (avançar com passos enormes, terminando com um pulo); canguru (movimentar-se, pulando, agachando); cachorro (avançar de quatro pés, isto é, usando os pés e as mãos). - Quem sou eu?
Número de crianças: a partir de 3
Os jogadores devem ficar numa roda, e cada um escolhe o nome de um personagem de filme ou desenho, ou mesmo de alguém da família, se a brincadeira for com primos, por exemplo. Depois escreve num papel e gruda na testa do participante da direita, sem que ele veja. Cada criança faz perguntas para os outros jogadores sobre o que ela é. Por exemplo: eu sou uma mulher? Tenho bigode? E os jogadores só podem responder sim ou não. A criança então tem uma chance de dar um palpite. Ganha quem acertar primeiro.
- Polícia e Ladrão
Número de crianças: a partir de 4
Para quem não resiste ao pique, vale uma ideia da brincadeira de forma diferente, coletiva. Separam-se dois grupos de crianças, um será polícia e outro ladrão. Os policiais iniciam contando até 20, enquanto que os ladrões se escondem, ao término da contagem a polícia passa a procurar os ladrões e os encontrando passa a perseguí-los. O ladrão deve ser pego pela polícia e quem for preso vai para um local denominado como prisão . Quem não for pego pode soltar os ladrões (tocando-os) que voltam a fugir da polícia. O jogo terminará com a captura de todos os ladrões.