As redes sociais fervilharam nesse começo de ano com uma postagem de uma mãe alertando sobre infecções transmissíveis aos recém-nascidos. Rafaela Moreira fez um alerta a outros pais após seu bebê Gustavo ter passado por uma situação difícil. Com apenas 17 dias de vida, o pequeno contraiu herpes após ter sido beijado por uma visita. Os bebês fortalecem a sua imunidade ao longo de seus primeiros meses, com a amamentação e as vacinas. Por isso, os cuidados são importantes nas primeiras visitas ainda no hospital ou em casa, para evitar a infecção por doenças que podem ser comuns para adultos, mas perigosas para bebês.
Depois da mãe conhecer o rostinho do neném tão esperado, o momento após o parto é de adaptação e de aproximação com o filho. Ao mesmo tempo, todos os familiares e amigos não veem a hora de visitar o mais novo integrante da turma. O que eles não sabem é que algumas atitudes são inadequadas. Até o início das vacinações, a criança ainda não possui anticorpos suficientes para combater os agentes infecciosos que poderão estar ao seu alcance e, por isso, os cuidados devem ser redobrados.
Segundo Amanda Martins, neonatologista pediatra da Perinatal, o momento ideal para visitar o bebê deve ser combinado previamente com os pais. “Não existe regra nesse caso. O ideal é perguntar para o pai e para a mãe. Alguns preferem receber visitas ainda no hospital, pela praticidade do suporte com os cuidados com o bebê, por não se preocupar com a organização da casa, nem com o que servir. Outros acham os primeiros dias muito cedo, sendo esse momento íntimo reservado apenas para a família. Então, a dica é não ficar chateado se o pai ou a mãe pedir que se espere mais algum tempo”, diz.
As primeiras células de defesa do corpo são recebidas por meio do leite materno, mas nos primeiros meses o bebê está muito suscetível à ação de vírus e bactérias. Pedir para que não beije o recém-nascido ou não entre em contato quando estiver doente é uma questão de proteção. “O beijo pode transmitir uma série de infecções virais, entre elas, a gripe e a temida infecção pelo vírus da herpes. Pegar em suas mãos também oferece riscos à saúde do pequeno. Os bebês costumam levar as mãos à boca e, assim, “transportar” as sujidades das mãos dos adultos, levando ao risco de contrair infecções”, finaliza.
É bom também evitar expor a criança a cheiros desnecessários. Não se deve fumar antes (e muito menos durante) da visita, nem usar perfumes fortes. O olfato do bebê é muito sensível e ele ainda pode ter uma série de alergias ou restrições que ainda não foram diagnosticadas. Em relação ao tecido da roupa do visitante, é aconselhável evitar tecidos ásperos, com pelos e que contenham zíper ou botões que entrem em contato com a pele do bebê, ainda muito sensível. Se o visitante estiver doente, a vista precisa ser adiada.
Cuidados com a higienização do quarto
Para garantir que o mais novo integrante da família cresça e se desenvolva com saúde e bem-estar, é necessário também que alguns cuidados na limpeza do quarto sejam tomados em casa. É importante evitar a exposição da criança a uma série de fungos e bactérias que podem prejudicar a sua saúde. Se não seguir um conjunto de regras importantes no que diz respeito à higienização deste espaço, o bebê poderá vir a desenvolver alergias ou outras complicações.
De acordo com Debora Gomes, coordenadora de enfermagem da Apoio, empresa especializada em higienização e limpeza, entre as dicas para um ambiente limpo está usar o aspirador de pó, adotar uma decoração minimalista e evitar os ursos de pelúcia. Todas essas medidas diminuem o acúmulo de ácaros que podem ser prejudiciais ao recém-nascido. “A higiene deve ser feita com produtos químicos com baixo odor, que sejam neutros e separados dos demais. Isso deixa o local limpo e arejado. Se houver animais na casa, é importante mantê-los limpos, vacinados e avaliar junto ao médico se há alguma restrição”, aconselha Debora.
Informações: Assessoria de Imprensa