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Grávida após os 35: famosas optam em ter um gestação tardia

Há algumas décadas, a idade média de gestação das mulheres era entre 20 e 30 anos, mas a maioria engravidava por volta dos 25 e 27 anos. Atualmente, com uma rotina mais intensa e com outras prioridades, as mulheres estão cada vez mais adiando a gravidez.

Prova disso, são as famosas que atualmente estão grávidas depois dos 35 anos: Tatá Werneck (35 anos), Claudia Leitte (38 anos), Fernanda Lima (41 anos),  Ticiane Pinheiro (42 anos) e Paty Dejesus (42 anos). Gravidíssimas nesse primeiro semestre de 2019, algumas das celeb’s serão mamães de primeira viagem, como Tatá e Paty. Já Ticiane dará a luz ao seu segundo filho e Claudia e Fernanda estão à espera de seus terceiros bebês, sendo que Fernanda já é mãe de dois gêmeos.

Mas não são apenas as famosas que estão aderindo à gravidez com mais idade. Conforme aponta o médico Matheus Roque, especialista em reprodução assistida, há uma tendência mundial na gestação tardia. Nas clínicas onde atende, a média de idade das mulheres que recorrem aos tratamentos de reprodução é de 38 a 39 anos.  “É uma tendência mundial, as mulheres estão adiando a maternidade e por isso, acabam recorrendo à tratamentos de reprodução assistida. Um dos mais procurados é a Fertilização in Vitro (FIV)”, diz o especialista.

Tratamentos para engravidar também têm sido procurados por mulheres nessa faixa etária que estão solteiras e por casais homoafetivos que buscam ter filho, mas só não engravidam porque precisam da doação de um sêmen ou óvulo, e assim partir para um tratamento.

Por conta dessa tendência de engravidar mais tarde, há alguns pontos que devem ser levados em consideração, já que o fator  idade é muito importante para ter uma gestação de forma natural, além de evitar riscos e doenças para as mães e os bebês.

Idade

O especialista ressalta que a idade não é uma contraindicação. Mas é sempre importante que as mulheres estejam cientes dos riscos associados à esse fator. A partir dos 35 anos, as chances de engravidar diminuem progressivamente, por conta da redução na quantidade e qualidade dos óvulos. A redução da qualidade faz com que as taxas de gravidez caiam e os riscos de abortos e doenças genéticas aumentem progressivamente.

“Uma mulher de 35 anos tem 15% de chance de engravidar a cada mês, por cada ciclo menstrual. Em uma mulher de 40, essa chance cai para 5% e 7%. Entre os 43 e 45, a chance é de 1% ao mês. Por isso, é importante que a mulher tenha ciência de que ela pode engravidar de forma natural, mas que as chances são mais baixas”, diz Matheus Roque.

Riscos e síndromes

O fator idade também pode ocasionar uma gravidez de risco. Conforme aponta o médico, há uma associação à riscos obstétricos como parto prematuro, risco de aborto, hipertensão, diabetes e sangramento. Existe também uma outra  causa comum, a síndrome cromossômica, como Down, que tem aumento progressivo principalmente após os 40 anos.

O médico ressalta que, grande parte das mulheres acima dos 35 que não engravidam de maneira natural, acaba recorrendo à tratamentos de fertilização in vitro: nesta técnica, os óvulos são coletados do ovário da paciente para então serem fertilizados em laboratório, onde devem permanecer de dois a sete dias em cultura adequada para que as primeiras divisões celulares ocorram.

“Com esse tratamento é possível fazer o teste genético pré-implantacional, então os embriões são formados em laboratórios e antes de serem transferidos ao útero, são biopsiados para saber se esse embrião é cromossomicamente normal, se tem bom potencial de gravidez, baixo risco de aborto e de doença”, explica Roque.

Tratamentos

O especialista informa que é sempre importante avaliar a paciente e o casal, se houver infertilidade. Isso acontece quando o casal está tentando engravidar após 12 meses meses de relações sexuais sem prevenção e ela não acontece. Porém nestas mulheres após os 35 anos, recomenda-se uma investigação já a partir de 6 meses de tentativas sem sucesso.

“Tanto a mulher, quanto o homem devem ser avaliados para definirmos o melhor tratamento. Como citei anteriormente, a FIV é um dos mais procurados e mais eficazes, mas também temos a inseminação uterina, quando induzimos a ovulação da mulher e no momento adequado preparamos a injeção de sêmen dentro do útero de forma que a fertilização ocorrerá na tuba uterina de maneira natural, e não no laboratório, como na FIV”, finaliza o médico.

Informações: Assessoria de Imprensa

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Priscila Correia

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