Para alguns o home office não é um bicho de sete cabeças, mas uma grande parte da população vem enfrentando o desafio de entreter as crianças também reclusas. Nesse sentido, nada melhor do que contar com a ajuda do educador especializado em educação lúdica, Ricardo Nastari.
O autor conta que além das atividades serem divertidas também são ótimas para descansar das telas dos celulares, computadores e tablets. “As brincadeiras tradicionais, o mundo dos jogos e passatempos exercem papel determinante na formação humana. Estudos comprovam que brincar é a maneira mais primitiva e natural de aprendizado, pois é assim que a criança experimenta o corpo, o espaço, o tempo e as relações”, conclui Ricardo.
Para começar a experiência, seguem abaixo 5 brincadeiras retiradas do livro que divertirão as crianças, mas também ajudarão os adultos a relembrarem o prazer de brincar à moda antiga.
- Cabra-Cega
Brincadeira antiga e popular entre as crianças. Coloque uma venda nos olhos de uma pessoa e faça girar algumas vezes, para ficar desnorteada. Os outros ficam em volta gritando “Ó, cabra-cega”, “Ó, cabra-cega”, ou tocando nas costas da pessoa para não serem pegos. De olhos vendados, a cabra-cega tem que pegar alguém e tem duas chances para adivinhar quem pegou, podendo tocar no rosto e no cabelo. Se acertar, a pessoa pega e vira a próxima cabra-cega. Se erra, continua ser a pegadora - Corre, Cutia
Brincadeira de pegador em formato de roda cantada, também conhecida como Lenço Atrás. Todos sentam numa roda voltados para o centro. Um jogador começa segurando um lenço na mão, em pé, girando ao redor da roda enquanto todos cantam:
“Corre, cutia, na casa da tia
Corre cipó, na casa da vó
Lencinho na mão, caiu no chão
Moça bonita do meu coração
Pode Jogar?
Pode
Ninguém vai olhar?
Não”
Quando a música termina, todos fecham os olhos, e o jogador deixa cair o lenço atrás de uma pessoa. Esta, ao perceber, deve apanhar o lenço e correr atrás de quem jogou, para pegá-lo antes que ele sente em seu lugar. Se for pego, irá para o meio da roda “chocar” ou “pagar mico”. Se conseguir sentar sem ser pego, ficará no lugar do outro, que recomeçará correndo em volta da roda. Todos cantam novamente, e assim por diante. - Passa Anel
As pessoas ficam numa fila, sentadas lado a lado ou em pé, com as mãos unidas à frente do corpo. Uma delas também fica com as mãos unidas carregando um anel dentro delas. Vai passando sua mão dentro das outras, uma de cada vez, deixando o anel cair numa delas sem que os outros percebam. Enquanto passa, vai falando “Passa anel, passa anel…”.
Quando passar por todas, mostra sua mão vazia e pergunta a uma delas com quem está o anel.
Este é o momento de disfarçar, para dificultar a descoberta de quem está com o anel. Se a pessoa acerta, torna-se o passador; se erra, quem está com o anel torna-se o passador. Existe também outra maneira de jogar: o mesmo passador repete se o outro não acertar. - Futebol de tampinhas
É um jogo rápido, prático e divertido, jogado entre duas pessoas em uma mesa ou no chão. Se for na mesa, esta é o limite do campo. No chão, convém combinar os limites do campo ou mesmo riscar as linhas. São necessárias apenas três tampinhas de garrafas (as tampinhas de metal são melhores para jogar), mas podem também pedrinhas ou bolinhas de papel.
Um jogador ataca por vez, enquanto o outro monta o gol com os dedos polegar e indicador de cada mão formando um “L” e depois um retângulo, unindo as pontas dos polegares e tocando as pontas dos indicadores na mesa. Quem começa atacando posiciona suas três tampinhas em forma de triângulo próximas ao seu gol. As tampinhas devem ser impulsionadas com toques (não vale conduzir ou arrastar) feitos com a lateral do dedo, com a ponta do dedo ou com a unha em petelecos.
Cada tampinha tocada deve cruzar pelo meio das outras duas. Após tocar em todas as três tampinhas, o jogador fica liberado para o “chute” a gol. Se durante o ataque a tampinha sai do campo ou não passa pelo meio das outras, o jogador perde o ataque e passa a vez para o outro, que posiciona as tampinhas e começa seu ataque.
Podem-se combinar limites de ataques ou mesmo de toques em cada ataque. Uma regra comum é o quarto toque ter que ser o tiro ao gol. - STOP
Esta brincadeira é sinônimo de passatempo divertido. Pode ser feita em qualquer lugar, com duas ou mais pessoas. Necessita que cada um tenha uma folha de papel em branco e uma caneta. Divide-se o papel em colunas e linhas, formando uma tabela em que serão escritos com os nomes que se iniciam com a letra de cada rodada.
Cada coluna é para uma categoria. Por exemplo: cor, animal, fruta, cidade, carro, filme, personagem e o que mais quiser. Para escolher a letra, uma pessoa diz “A” em voz alta e continua contando o resto do alfabeto em silêncio. Outra pessoa fala “stop” para parar a contagem, e a letra em que parou será a letra dessa rodada.
Todos começam a escrever em suas tabelas as palavras de cada categoria que começam com a letra pedida. Quem completar todos os campos grita “Stop!” para os outros pararem de escrever.
Chega o momento da conferência e da pontuação. As palavras repetidas por outra pessoa valem 5 pontos. As palavras diferentes das outras valem 10 pontos e os campos em branco, zero. Na linha de baixo serão escritas as palavras da próxima rodada com a nova letra sorteada, e assim por diante. Ganha quem marcar mais pontos.
Ficha técnica:
Brincando com a Turma da Mônica
Autor: Ricardo Nastari
Editora: Editora Senac São Paulo
Páginas: 144
Preço: R$ 63
Site: https://www.livrariasenac.com.br/
Informações: Assessoria de Imprensa.