O Ministério da Saúde incluiu as gestantes no grupo de indivíduos mais suscetíveis aos efeitos da Covid-19, assim como mulheres que deram à luz recentemente, por serem mais vulneráveis a infecções.
Existe pouca informação sobre gestantes que adoeceram com COVID-19. Segundo essas informações, as grávidas com COVID-19 não ficam mais doentes do que outras mulheres não-grávidas da mesma idade.
Mulheres com outros problemas de saúde, especialmente problemas pulmonares, pressão alta, diabetes ou HIV têm maior risco de ficarem doentes. A maioria das gestantes saudáveis com teste positivo para COVID-19 serão tratadas em casa, mas elas devem ser examinadas rapidamente se os sintomas começarem a piorar. Se houver piora dos sintomas, o atendimento urgente é a melhor maneira de prevenir problemas sérios para a mãe ou para a gravidez.
Muitas grávidas tem a mesma dúvida: Não sabem se devem evitar ir ao hospital ou ver seu médico ou enfermeira durante a pandemia. Alexandre Plaza, médico especialista e referência em ultrassonografia e exames de imagem, explica que as consultas com o médico, enfermeira e obstetras, bem como a realização de exames periódicos, são importantes para a saúde da grávida e a do bebê e só devem ser canceladas após conversa com o médico ou enfermeira.
Algumas consultas podem ser feitas pelo telefone ou por vídeo e seu médico ou enfermeira vão analisar se isso é adequado para ela. Assim sendo, Plaza deixa alguns cuidados importantes:
• Não interrompa o acompanhamento pré-natal. Converse com seu obstetra sobre os exames mais importantes, inclusive exames de ultrassonografia, a serem mantidos nesse período.
• Evite contato com qualquer pessoa que apresente sintomas, lave as mãos com frequência por mais de 20 segundos, use álcool em gel quando não puder utilizar água e sabonete, evite aglomerações, use máscara quando sair de casa.
É perigoso para o meu bebê se eu pegar COVID-19 na gestação? “Não há sinais de que a COVID-19 aumente o risco de defeitos congênitos, apesar de só sabermos de poucas mulheres que tiveram o vírus no momento mais perigoso para isso e que já tenham tido os bebês. Febre alta em torno de 6 semanas de gravidez ou 4 semanas após a concepção do bebê pode estar associada com maior risco de problemas na coluna e no cérebro. Isso não é específico da COVID-19, acontece qualquer que seja a causa da febre. Recomenda-se a realização de ultrassonografia entre 20 e 24 semanas para detectar estes tipos de problemas”, diz.
A maioria dos especialistas recomenda pelo menos uma ultrassonografia entre 2 e 4 semanas após o fim da infecção para ter certeza de que o bebê está crescendo bem. Também se recomenda que continuem a ser feitas ultrassonografias periódicas pelo menos a cada 4 semanas ao longo do resto da gravidez para checar se o bebê continua crescendo.
No mais, mantenha contato com seu médico sempre que houver dúvidas.
Informações: Assessoria de Imprensa.