Diante da pandemia da Covid-19, cuidados com a saúde e higiene se tornaram ainda mais fundamentais para evitar e minimizar o contágio da doença causada pelo novo coronavírus. Apesar da doença ser nova e ainda sem muitas informações sobre a sua cura, diversos especialistas se debruçaram em estudos para saber possíveis ações para combatê-la, chegando ao enxaguante bucal.
Cientistas de diversas localidades do mundo, inclusive do Brasil, descobriram que o produto age na cavidade oral onde o vírus fica incubado, colocando os enxaguantes bucais em evidência. Porém, é preciso estar atento, pois ainda não há comprovações de que o produto evite a doença e pode causar uma falsa sensação de segurança, segundo aponta Caroline Malavasi, especialista em Ortodontia e mestre em Dentística pela Universidade Federal Fluminense, com consultório na Barra da Tijuca (RJ).
“Já sabemos que o uso do enxaguante pode reduzir em até 90% as bactérias bucais e assim, houve uma pesquisa mais extensa para saber se essa ação também acontece com o vírus, por meio de estudos in vitro. Mas, o que temos que saber é: nada ainda é 100% comprovado, os estudos ainda são recentes e precisamos de novos trabalhos, mas apesar disso, devemos manter todas as medidas propostas pela OMS para evitar a doença como o uso de máscaras, lavar bem as mãos com sabão, utilizar álcool em gel, evitar aglomerações e fazer o distanciamento social, assim como evitar ao máximo colocar as mãos na boca, pois a cavidade oral é uma das principais portas de entrada do vírus ”, ressalta Caroline Malavasi.
Apesar de não ter eficácia 100% comprovada no combate ao vírus, os enxaguantes bucais são um ótimo aliado da saúde bucal em vários aspectos, conforme aponta a especialista.
“O enxaguante bucal complementa a higienização mecânica feita pelo uso de fio dental, escova de dentes com creme dental e após essa etapa, o seu uso potencializa a eliminação de bactérias e doenças que causam gengivite e mau-hálito”, explica a odontologista.
Porém, ela ressalta que o enxaguante sempre entra como coadjuvante e nunca pode substituir nenhuma etapa da higiene bucal.
“Nossa higiene oral diária deve ser composta de fio dental, escova de dentes e após essas ações, deve-se utilizar os enxaguantes, jamais substituindo as etapas anteriores. O ideal é optarmos pelos enxaguantes que apresentam substâncias antimicrobianas em sua composição, assim, podem auxiliar no combate às bactérias e ainda manter o nosso hálito fresco, como os que contêm fluoretos, por exemplo”, diz.
Geralmente, o indicado é que seja utilizado duas vezes ao dia, mas pacientes que estejam em tratamentos, podem ter indicação maior, de acordo com cada caso.
“O ideal é sempre consultar um odontologista para ele te indicar o produto que tenha componentes indicados para você. Se você sofre de mau-hálito, sangramento nas gengivas ou tem algum tipo de reação ao usar o enxaguante, procure um especialista”, finaliza a dentista.
Informações: Assessoria de Imprensa.