Durante muitos anos, especialistas e entidades na área de saúde infantil alertaram sobre a inserção de alimentos alergênicos para os pequenos apenas após a introdução de refeições sólidas e de forma espaçada. No entanto, pesquisas recentes trazem um novo olhar sobre o assunto. É o caso de um estudo publicado no The Journal of Allergy and Clinical Immunology, que mostrou que a taxa de reação alérgica grave caiu, a partir de 2006, quando a orientação passou a sugerir a inclusão desses alimentos na rotina dos bebês.
Esse decréscimo também ocorreu em anos anteriores, com uma queda de 17,6% até 2007; chegando em 3,9%, em 2016. Ou seja, ficou claro que oferecer alimentos considerados alergênicos, para bebês entre os 6 meses e 1 ano de vida, diminui a possibilidade de possíveis alergias. Para a gastropediatra Maria Luiza, a única forma de saber se o pequeno possui alguma alergia alimentar é apresentando o alimento a ele.
“Um documento publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, em 2018, intitulado Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar, orientou que a exposição aos alergênicos deve ser feito desde o início da introdução alimentar. Isso porque, foi verificado que a introdução tardia tende a gerar mais reações graves de hipersensibilidade, como a anafilaxia, que é a reação alérgica aguda. A exposição gradual, desde o início da introdução alimentar, gera uma tolerância oral, aos alimentos, e com isso diminui os riscos de reações graves”, explica a médica.
A gastropediatra explica ainda que, a estratégia para observar as possíveis reações aos alimentos que podem ser alergênicos é escolher um horário em que a família possa observar qualquer tipo de reação. Outra dica da especialista é que fazer um intervalo de quatro dias entre a introdução de alimentos que são mais comuns para entre as reações alérgicas, como ovos, castanhas e frutos do mar, já que isso facilita os pais a identificarem qual foi o alimento que provocou a alergia.
Alimentação prática, variada e saudável é a chave:
Assim como especialistas e médicos, as cariocas Paula Cunha e Luciana Melhorim também acreditam que uma alimentação diversificada deve ser a regra para os pequenos. Pensando nisso, as empreendedoras criaram a Jornada Mima, uma empresa especializada na alimentação para a primeira infância (período entre os primeiros meses de vida até os 6 anos de idade). A empresa começou depois de uma vasta pesquisa com mais de 100 mães, além de nutricionistas e pediatras, para trazer uma solução em alimentação prática, variada e saudável para os pequenos.
“A Jornada Mima oferece refeições, que incluem almoço e jantar, feitas com ingredientes orgânicos, compostas pelos cinco grupos alimentares, proteínas; verduras; legumes; carboidratos e leguminosas. São refeições que tem objetivo de facilitar a vida dos pais, mas também oferecer uma alimentação saudável e variada para as crianças. Nosso cardápio muda a cada 15 dias e oferecemos mais de 100 alimentos diferentes durante o processo. Além disso, a comida chega separada, ou seja, não é uma papinha pronta ou com alimentos misturados. A criança é exposta a cores, sabores, aromas e texturas diferentes”, explicam as sócias Paula e Luciana.
As refeições oferecidas pela Jornada Mima são personalizadas de acordo com as necessidades de cada família e até com as restrições alimentares necessárias em casos de alergia. Além de serem práticas e saudáveis, feitas com ingredientes orgânicos, elas ainda contam com a orientação de uma nutricionista responsável pelo plano alimentar da criança, além de um mapa de evolução alimentar dos pequenos. Ao todo, dois pacotes são disponibilizados na empresa, sendo um com 8 refeições (R$ 182,00) e outro com 14 refeições (R$ 299,00), que podem ser entregues toda semana, de 15 em 15 dias ou mensalmente. Também é possível adquirir pacotes avulsos de alimentação, para as mamães que desejam experimentar a experiência.
O que evitar no primeiro ano de vida:
A médica ressalta ainda que, apesar da recomendação de se oferecer alimentos alergênicos aos pequenos desde a introdução alimentar, existem sim ingredientes que devem ser evitados ou controlados, mas por motivos diferentes das alergias: “O mel deve ser evitado até um ano de idade devido ao risco de contaminação por toxina botulínica. Sobre o sal, a recomendação é que ele seja dado em baixíssimas quantidades, por isso acabamos preferindo recomendar que não seja usado também. Qualquer açúcar ou adoçante, de qualquer tipo é contraindicado até os dois anos de vida, porque a criança precisa desenvolver um paladar o mais saudável possível, além de tentar diminuir as chances de obesidade e diabetes, relata a gastropediatra.
Informações: Assessoria de Imprensa.