De 21 a 28 de agosto, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla traz em 2025 o tema “Protagonismo empodera e concretiza a inclusão social”. Especialistas destacam que a inclusão deve caminhar junto com a detecção precoce, quanto antes começarem as terapias, maiores as chances de evolução na comunicação e no comportamento.
Promovida pela APAE Brasil, a iniciativa busca ampliar a autonomia das pessoas com deficiência intelectual e múltipla. A neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto, enfatiza que “cada criança tem seu ritmo, mas postergar avaliação e intervenção apenas por falta de diagnóstico pode atrasar ganhos fundamentais”. Pesquisas atuais indicam que sinais de risco do autismo podem aparecer antes dos 2 anos e que, em muitos casos, já é possível obter uma avaliação confiável entre 12 e 18 meses.
Entre os sinais que pais e profissionais devem observar estão: pouca resposta a sons ou ao nome, contato visual reduzido, pouca variedade de expressões faciais, preferência por brincadeiras solitárias, atraso ou ausência de balbucios e movimentos repetitivos como balançar ou bater as mãos.
Estudos apontam que intervenções comportamentais e programas de desenvolvimento precoce, quando iniciados cedo e com participação da família, promovem melhoras significativas em comunicação e habilidades adaptativas. Segundo Bárbara, se ao menos dois sinais forem observados, é importante procurar um pediatra e solicitar encaminhamento para avaliação especializada. “Não é preciso esperar a confirmação diagnóstica para começar a intervir”, reforça. Ela defende ainda que políticas públicas invistam na formação de profissionais da saúde básica para triagem e na ampliação de programas parentais e comunitários.
“Inclusão é também promover autonomia, raiz de uma vida com qualidade, e isto começa com identificação precoce, apoio adequado e serviços que respeitem a singularidade de cada trajetória”, conclui.
Informações: Assessoria de Imprensa.