Aventuras Maternas

Quando todo cuidado é pouco

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Chegou o verão e, com ele, as brincadeiras, encontros e tudo que a garotada gosta e espera durante todo o ano.

Entretanto, a estação mais esperada do ano também traz alguns contratempos, como as “famosas” doenças do período. Gripes e resfriados devido as mudanças de temperatura entre ar condicionado e o calor das ruas; dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos; meningite devido aos locais com grande concentração de pessoas em ambientes fechados, são apenas alguns dos problemas que ocorrem com mais assiduidade nesse período do ano.

Por isso, o Aventuras Maternas elaborou um guia com as doenças mais comuns do período, como evitá-las e, se não for possível, o que pais e mães devem fazer para seus pequenos passarem por elas mais rapidamente e sem problemas.

Para o médico Moises Chencinski, especializado em Pediatria e Homeopatia e autor dos livros Gerar e Nascer- Um canto de amor e aconchego e Homeopatia- Mais simples do que parece, o verão requer os mesmos cuidados constantes da nossa vida e, especialmente, na vida das crianças. Alimentação adequada sempre; hidratação mais intensa, seguindo as necessidades e características de cada idade; e estilo de vida saudável com horas suficientes de sono, atividade física regular e rotinas.

A seguir, listamos as de maior surto neste período, bem como a maneira que se adquire e o tratamento.

– Conjuntivite: Caracterizada por olhos inflamados, vermelhos e, as vezes, com liberação de pus, que forma uma substância grudenta, a conjuntivite, normalmente, é viral e o tratamento se baseia na aplicação de compressas de algodão com água fria e fervida. Porém, algumas vezes, a doença é causada por uma infecção bacteriana, que exige o uso de colírio antibiótico ou pomada. Além desses dois tipos mais comuns, existem, ainda, a alérgica, que causa coceira, e outra causada por queimadura solar. Neste último caso, após o diagnostico médico, pingar colírio do tipo lágrima artificial costuma resolver o problema. Mas atenção: nunca automedique. Sempre procure um médico para essa avaliação.
– Desidratação: no verão, as crianças acabam sempre brincando mais e acabam se desidratando, especialmente quando não têm o hábito de beber líquidos durante as brincadeiras. Para evitar, procure dar líquidos para a criança, de preferência água ou suco de frutas. Além disso, o soro caseiro também é bastante indicado. Se o problema persistir com enjoos e diarreias, é importante que procurem um médico rapidamente.
– Diarreia: ao perceber as idas mais frequentes dos seus filhos ao banheiro e as fezes menos consistentes, passe a hidrata-lo com mais frequência. Para evitar o problema, lave as mãos com frequência, utilize álcool gel, tenha cuidado com os alimentos consumidos na rua e lave todos os legumes, frutas e verduras a serem consumidos.

– Gastroenterite: Tendo como um dos sintomas mais comuns a diarreia, a gastroenterite pode ser causada por um agente infeccioso (vírus, bactérias, fungos), por vermes e pelos alimentos comprados na praia (intoxicação e conservação ruins), já que não se sabe como são preparados os alimentos. Não esqueça de incluir um líquido para hidratar, que pode ser água ou sucos naturais (esses acima de um ano de idade). Em bebês que mamam o seio, até o 6º mês, apenas o leite materno em livre-demanda. Após o 6º mês, apenas água. Para os bebês, água em copinhos e leite materno. Não use mamadeiras.

– Impetigo: Doença infectocontagiosa que pode ser causada principalmente por bactérias (estreptococos e estafilococos). As crianças podem sofrer mais nesse período pelas temperaturas elevadas que aumentam a transpiração, junto com os protetores solares, a areia e o mar, provocando coceira que pode ocasionar feridas que são a porta de entrada dessas bactérias que vivem normalmente na nossa pele. Quando as crianças com quadros de imunodeficiências ou com doenças mais importantes (diabetes, por exemplo) “pegam” essa infecção, o quadro pode ter uma evolução mais grave. A coceira pode provocar feridas que infeccionam, com bolhas, pus e a infecção pode se generalizar no corpo. O pediatra deve ser consultado. Avaliando o quadro, ele irá receitar a medicação mais apropriada. Algumas vezes, o tratamento local pode ser suficiente. Em outros casos, pode ser necessário um tratamento à base de medicação oral ou até injetável (antibióticos). Nunca automedique.
– Insolação: A exposição solar excessiva ou em horários inadequados pode causar a insolação nas crianças, provocando mal-estar, dor de cabeça, náuseas e tontura. Para evitar, procure não deixar a criança exposta ao sol o tempo todo. A hidratação é fundamental para manter o bom estado de saúde das crianças. Banhos frescos podem ajudar nessa situação. Deve-se, ainda, manter a hidratação constante.
– Micose: No verão, é comum vestir crianças e bebês com trajes de banho e deixá-los o dia inteiro com eles. Entretanto, o hábito pode causar as famosas micoses na pele, geradas pelos fungos da roupa úmida em contato com a pele. Caracterizadas por lesões vermelhas que escamam e normalmente aparecem nas virilhas, pés e unhas, o ideal é procurar um médico para o diagnóstico adequado e tratamento (pediatra ou dermatologista em alguns casos). Para evitar, sempre coloque roupas secas e limpas. Além disso, o uso de chinelos também é adequado.
– Otite: A inflamação no ouvido pode ser causada por agentes infecciosos (vírus, bactérias ou fungos) ou pela exposição à água (crianças que mergulham por muito tempo – piscina, mar), e costuma provocar zumbido e dor intensa no local.
– Queimaduras: Causadas pela exposição inadequada ao sol, podendo aparecer desde uma irritação na pele (1º grau) ou evoluir para bolhas (2º grau). Além disso, a coceira intensa causa uma grande sensação de desconforto na criança. Se a queimadura acontecer, procure seu médico o quanto antes. Ele irá orientar o melhor tratamento para cada caso. Nunca automedique.

                     

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Priscila Correia

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