Aventuras Maternas

Apendicite infantil – toda atenção é pouco

Untitled_2Hoje vim no ônibus conversando com uma senhora que estava perdida. Ela estava em Jacarepaguá e precisava ir para um hospital na Tijuca. Eu dei a explicação para ela e como estava indo para o mesmo caminho, me prontifiquei a indicar o local onde ela deveria saltar.

No caminho ela me contou que a neta de 3 anos estava internada com apendicite. Ela teve uma febre no sábado, falta de apetite e reclamava de dor na barriga. Na terça-feira, a febre permanecia e a mãe resolveu levar ao hospital. A menina partiu para uma cirurgia e permanece internada. L

Segundo o médico, é raro apendicite em crianças dessa idade, porém esse caso nos serve como alerta para quando nossos filhos reclamam de dor na barriga, perdem o apetite ou aparecem com aquela febrícula que vai e volta. Eu mesma só dou importância depois do terceiro dia, por conselho dos próprios médicos, mas vale ficar atento. Nunca sabemos quando somos a “exceção”.

Saiba mais:

O apêndice é uma bolsa longa e fina que tem o formato de um dedo. Ele se localiza na parte baixa do intestino grosso, que é também chamado de cólon.

Apendicite é o termo médico usado quando o apêndice é infectado e incha. Quando isso acontece, esta extensão tubular pode, por vezes, romper. A apendicite pode ser grave, porque pode causar uma infecção abdominal importante.

É importante apalpar a região mais baixa à direita do abdômen para ver se ela sente uma dor mais intensa. Para completar a investigação, o especialista solicita exames como o hemograma, capaz de acusar um alto número de glóbulos brancos — células de defesa que, nas alturas, indicam uma infecção —, além de exames de imagem, como a radiografia, o ultra-som ou a tomografia.

Embora a apendicite seja mais comum na faixa dos 15 aos 35 anos, são as crianças com menos de 4 que correm maior risco de complicações. A doença se desenvolve rapidamente, entre 48 e 72 horas. Vale resaltar que uma apendicite tratada tardiamente pode ocasionar uma infecção generalizada e até matar.

Os sintomas podem ser diferentes, dependendo da idade da criança. Os mais comuns são:

  • Dor de barriga: em crianças mais velhas e adolescentes, a dor de barriga é geralmente o primeiro sintoma. Ela pode começar ao redor do umbigo e depois passar para o lado direito do baixo ventre. Pode ocorrer do sintoma piorar com a tosse;
  • Vômitos;
  • Febre – geralmente começa após 1 ou 2 dias;
  • Perda de apetite.

Se o médico não pode dizer com certeza se o seu filho tem apendicite, exija os seguintes testes:

  • Exames de sangue;
  • Testes de urina;
  • Um exame de imagem, como um ultrassom ou tomografia computadorizada.

Nenhum teste pode dizer com certeza se uma criança tem apendicite. Mas o médico pode usar os resultados do teste, sintomas e exame para descobrir o quão provável é que seu filho tem a inflamação.

O principal tratamento para a apendicite é a cirurgia para remover o apêndice. Ela pode ser feita de duas maneiras:

  • Cirurgia aberta: durante a cirurgia aberta, o médico faz um corte na barriga perto do apêndice. Então ele o remove por meio dessa abertura;
  • A cirurgia laparoscópica: durante a cirurgia laparoscópica, o médico faz alguns cortes na barriga, que são muito menores do que os feitos para cirurgia aberta. O profissional introduz ferramentas finas na barriga por essas aberturas. Uma delas tem uma câmera (chamado de “laparoscópio”) na extremidade, que envia imagens para uma tela de TV. O médico pode olhar para a imagem para saber onde cortar e o que remover.Então ele ou ela usa instrumentos para fazer a cirurgia.

Se o apêndice de seu filho rompeu, o médico irá fazer a cirurgia para removê-lo. Durante a operação, ele também irá limpar a área na barriga em torno do apêndice para lavar o material inflamado (pus), que saiu dele. Esta cirurgia pode ser mais complicada do que a feita quando apêndice não rompeu.

Em geral, a cirurgia tem uma boa evolução no pós-cirúrgico e a alta se dá em poucos dias, dependendo da evolução do paciente.

         

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Priscila Correia

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