“Se o corpo da mulher não for capaz de fazer isso, acaba desenvolvendo o diabete gestacional. O nível de açúcar no sangue ainda pode subir devido às mudanças hormonais que acontecem durante a gravidez, que interferem na ação da insulina”, afirma o ginecologista e obstetra Alberto D’Auria, diretor médico da Cryopraxis, maior banco de células-tronco de sangue de cordão umbilical do Brasil.
Qualquer mulher pode desenvolver a doença, mas alguns fatores de risco contribuem para o aparecimento do diabete gestacional. Entre eles, ter idade superior a 25 anos e histórico familiar de diabete. Excesso de peso antes da gravidez ou grande ganho de peso durante a gestação também podem influenciar. Se a mulher teve diabete na gestação anterior, a propensão também será maior.
“No caso de a mulher ter tido um bebê com mais de 4 kg na gravidez passada ou gestação com bebê natimorto inexplicável também aumentam as chances. Além disso, uma condição chamada de polidrâmio, que é o aumento do líquido amniótico, também pode ser uma complicação do diabete gestacional”, explica D’Auria.
O diabete gestacional pode passar despercebido se o obstetra não investigar sinais e sintomas. Os mais comuns são excesso de fome e sede, ganho de peso, vontade constante de urinar, infecção urinária, cansaço extremo, visão turva e inchaço nas pernas e nos pés.
Comer determinados tipos de alimentos em porções saudáveis é uma das melhores maneiras de controlar o açúcar no sangue e evitar o ganho de peso. Como o corpo da mulher tem um grande trabalho para fazer o bebê crescer, também não é aconselhável perder peso. “Uma dieta saudável inclui frutas, legumes e grãos integrais. É ideal consultar um nutricionista ou endocrinologista para criar uma dieta adequada ao seu peso atual, nível de açúcar, preferências alimentares e até o orçamento. Exercício físico moderado também é recomendado”, destaca D’Auria.
A atividade física regular é essencial para o bem-estar antes, durante e após a gravidez, já que reduz o nível de açúcar no sangue, estimulando o corpo a mover a glicose para as células, onde é utilizada para produzir energia. O exercício também aumenta a sensibilidade das células à insulina. Desta forma, o corpo precisa produzir menos insulina para transportar açúcar.
O diabete gestacional que não é cuidado pode levar a algumas complicações para a saúde da mãe e do bebê. O principal problema do excesso de açúcar no sangue é que ele atravessa a placenta e chega ao bebê, o que pode fazer com que ele cresça demais e seja necessário um parto cesáreo. Outros problemas como nascimento de bebê prematuro e síndrome do desconforto respiratório também podem surgir. A mãe ainda corre o risco de desenvolver pressão alta e pré-eclâmpsia.“O maior risco de diabete gestacional não tratado é a possibilidade de levar à morte da criança antes ou após o nascimento”, avalia o médico. “No caso de mulheres que já eram diabéticas antes de engravidar, é necessário fazer um acompanhamento de perto. Se os níveis glicêmicos estiverem controlados, diminuem as chances de haver problemas para o bebê e a mãe.”
Agradeço pelas informações é bem importante tomar todos os cuidados para ter uma boa gestação…
Beijos
ótimo artigo !
Suas informações me ajudaram a me conhecer melhor.
Obrigada!