Aventuras Maternas

Vamos brincar?

Brincadeiras sempre fizeram parte do universo infantil. Mas mais que diversão, algumas podem ajudar no desenvolvimento dos pequenos.

O ato de brincar tem um papel fundamental para o crescimento biopsicossocial das crianças. É nesse momento que elas se desenvolvem, exploram características de personalidade, fantasias, medos, desejos, criatividade e elaboram o mundo exterior a partir de seu campo de visão. Para Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em educação e educação especial, a criança precisa experimentar, ousar, tentar e conviver com as mais diversas situações. Brincar com outras crianças, com adultos, com objetos e com o meio. E, para ajudar nessa tarefa, a especialista separou cinco brincadeiras bem tradicionais que podem ajudar no desenvolvimento dos pequenos.

Stop – Stop é um clássico. Brincando, é possível trabalhar a interação e a comunicação, ajudando a criança a desenvolver habilidades como raciocínio, memória, agilidade, espírito de competição e liderança.

Separem canetas e folhas de papel. Agora escolham as categorias, por exemplo: nome, animal, cor e frutas. Façam uma tabela com colunas e coloquem uma categoria em cada uma delas. Todos reunidos é vez de falar “o stop” e cada um coloca a mão com quantos dedos quiser (um, dois, cinco). O número total é a letra do alfabeto da jogada (13 equivale a letra M). Todos escrevem em suas tabelas, o mais rápido possível, palavras que comecem com a letra escolhida e se encaixem naquela categoria. Quem terminar de preencher primeiro diz “stop” e todos param. Feito isso, é só contabilizar 5 pontos para palavras repetidas e 10 pontos para palavras diferentes. Vence quem tiver o maior número de pontos ao final da tabela.

Amarelinha – Com a amarelinha, a criança trabalhada a questão de lateralidade, seu equilíbrio, a matemática, a lógica e a compreensão do que deve ser feito.

Joga, pula, agacha e pega a pedrinha! Tudo isso sem pisar na linha, é claro. Para brincar de amarelinha, desenhe um caminho no chão e divida-o em casas numeradas de 1 a 10. Jogue a pedrinha em ordem numérica, primeiro o 1, depois o 2 e assim por diante – vale lembrar que a criança não pode pisar na casinha que estiver com a pedrinha – ela deve pular, sem pisar nas linhas, até o final do trajeto. Ao chegar, deve retornar, apanhar a pedrinha e recomeçar. Dessa vez, atirando a pedra na segunda casa e depois nas seguintes até passar por todas. O participante não pode pisar, perder o equilíbrio ou jogar a pedra na risca nem atirar fora da risca. Se isso acontecer, volta para o início. Vence quem completar o caminho primeiro.

Passa Anel – Com essa brincadeira, as crianças desenvolvem o trabalho em equipe, além do respeito ao próximo, já que têm que esperar a resposta e a participação de cada colega.

Tudo que vai precisar nesse jogo é de um anel e um espaço para sentar com os pequenos. Para começar o jogo, uma criança fica com o anel, enquanto as outras do grupo se sentam uma ao lado da outra com os braços apoiados no colo e com a palma das mãos unidas. A criança com o anel deve passa-lo entre a palma das mãos dos amiguinhos. Quando resolver parar, deve abrir as mãos mostrando que estão vazias e perguntar para um dos participantes com quem está o anel. Se acertar, será o próximo a passar. Se errar, quem recebeu o anel é quem passa.

Bolinha de gude – São abordadas questões de lateralidade, já que o objetivo do jogo é acertar as bolinhas no buraquinho cavado. Envolve, ainda, um pouco das habilidades matemáticas para somar ou subtrair as bolas. Além de conhecer o momento em que ganhou e perdeu no jogo.

Para brincar de bolinhas de gude, primeiro cava-se um buraquinho, conhecido como poça. Ao acertar a bolinha dentro do buraco, o participante ganha o direito de lançar sua bolinha contra as dos adversários. As bolinhas atingidas são conquistadas. Se errar, a vez passa para o próximo. O jogo acaba quando um participante conseguir pegar todas as bolinhas do adversário.

Pular elástico – Essa brincadeira ajuda os pequenos a trabalhar com os movimentos do corpo, mobilidade e flexibilidade, além de servir como um exercício.

Essa brincadeira é clássica, e vai ficando mais difícil com a altura, que começa nos calcanhares e vai até o pescoço. O ideal é que duas crianças fiquem 2 metros afastadas uma da outra, enquanto outra se posiciona no centro do elástico para fazer todos os movimentos da cantiga. Pode pular com os dois pés em cima do elástico, com os dois pés fora dele, saltar com um pé só e depois com o outro. Se errar, o participante troca de posição com um dos colegas que estão segurando o elástico, vence que conseguir pular mais alto.

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Priscila Correia

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