“Com um auxílio correto e diálogos específicos dos pais, quem morre psicologicamente são os hackers”, explica o psicólogo Alexandre Bez.
O século XXI é moldado basicamente pela condição virtual! Quer dizer, se você não está plugado em nenhuma rede e não acompanha as tendências, comete um sério pecado. Até aí, tudo bem. A questão é quando o conteúdo virtual começa a ser prejudicial e assassino. Como o caso da boneca Momo, cuja figura pode ser associada à personificação do mau. É tão assustadora que consegue fazer com que algumas crianças e adolescentes entrem em sua linha de raciocínio: o suicídio!
Mas a questão não é só a figura demoníaca da boneca em si, mas também quem a manipula direcionando-a ao público infanto-juvenil. “Induzir o suicídio é uma atitude perversa de alguém muito frustrado, cuja a infância foi permeada por uma enorme desestruturação familiar, em um lar nada ameno. Porém, o suicídio virtualmente induzido pode ser impelido, pois o suicídio pode ser preventivo”, explica Bez.
A primeira conduta é justamente observar como anda o comportamento dos filhos, verbais e não verbais. “Manifestações de vontade em suicidar-se sempre devem ser consideradas depressão, transtornos mentais e pressão familiar ou grupal, essas contribuem para desestabilizar ainda mais a esfera emocional das crianças. É aí, nessas desestabilizações, que a boneca Momo – pelo intermédio dos hackers que a manipulam -, consegue algumas brechas”, afirma o psicólogo.
Para impedir o suicídio, a participação familiar deve ser sempre assídua: não julgar os filhos, compreender seus pontos de vista, participar de seus interesses, ter uma escuta atenta e muito mais muito diálogo. “Essas são importantes ferramentas para a criança e adolescente se sentirem protegidos e seguros, desprezando as maléficas intenções dos hackers. Não entrando na onda da boneca Momo, com o auxílio correto e o diálogo específicos dos pais, quem morre psicologicamente são os hackers, que assim como tudo em sua vida, fracassaram novamente”, finaliza o psicólogo.