Aventuras Maternas

Meu filho pode comer doce?

Por mais que os pais tentem evitar, adiar a primeira prova e criar regras alimentares em casa, os doces acabam conquistando o paladar das crianças. Para Danielle Negri, neonatologista e pediatra da maternidade Perinatal, os doces não devem ser radicalmente banidos. “Pedimos que adiem ao máximo a primeira experiência com os doces. Eles devem ser evitados, mas não são proibidos. Em dias atípicos, fora da rotina alimentar, não fará mal à criança”, explica a médica.

Muitos pais se perguntam por que os doces são prejudiciais à saúde e questionam se a restrição não seria como inserir a criança em uma “dieta por questões estéticas”. Mas a questão tem muito mais a ver com a saúde e, nesse caso, o grande vilão dessas guloseimas, é o açúcar. “O consumo de açúcar no dia a dia pode levar não só ao sobrepeso, mas à obesidade e até a hipertensão”, explica Danielle. Outra consequência do abuso de doces são as dores de barriga que eles podem provocar. O açúcar leva à má absorção intestinal do alimento, o que pode causar diarreia.

Nos doces industrializados, além do açúcar, entram em cena os corantes e conservantes, que são ainda mais nocivos. Por isso, as cores vistosas nos alimentos só são saudáveis se forem em frutas, legumes e verduras. Produtos de aparência rosada e os muito coloridos, como gelatinas e balas de goma, são cheios de corantes. De acordo com a médica, existem estudos que, embora não comprovados, indicam ligação entre o câncer e o consumo desses aditivos. A ingestão de corantes e conservantes pode provocar, além de reações alérgicas, hiperatividade e distúrbios de concentração.

Quando a criança já tem algum diagnóstico confirmado de diabetes, o cuidado deve ser ainda maior. Esse grupo de pacientes não deve consumir açúcar em nenhuma quantidade. Nesse ponto, a médica é taxativa: “Crianças diabéticas não podem de jeito nenhum ingerir doces que não sejam diet. Sempre costumo aconselhar aos pais que tenham os doces próprios para os seus filhos, como brigadeiro e chocolate diet, em substituição aos doces tradicionais”.

Para crianças obesas o importante são os hábitos alimentares, por se tratar de um trabalho a longo prazo. Nesses casos, é necessário um acompanhamento seguido de uma dieta regrada, de preferência com nutricionista, ou seja, não adianta cortar apenas os doces. “É importante que evitem quebrar a rotina alimentar, mesmo em dias especiais. Isso pode fazer todo o trabalho ir por água a baixo”.

Informações: Assessoria de Imprensa

 

 

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Priscila Correia

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