Sabemos que as crianças adoram doces, porém, a quantidade de açúcar presente em chocolates, balas, pirulitos e outras guloseimas, principalmente se ingeridas em grandes quantidades, podem gerar problemas sérios para a saúde – como gastrites, obesidade, colesterol, diabetes, intestino preso, entre outros.
A especialista em obesidade Gladia Bernardi, autora do best-seller “Código Secreto do Emagrecimento”, explica que, hoje, está cada vez mais desafiador educar os filhos a terem uma boa alimentação, considerando os pesados investimentos em marketing feitos pela indústria alimentícia. “O esforço dos pais deve ser constante e diário, pois inúmeras pesquisas apontam que o açúcar em excesso não faz bem ao organismo. No caso das crianças, o consumo exagerado do açúcar na infância causa o vício nos alimentos doces, e esse vício alimentar é levado para a vida toda”, alerta.
Abaixo, Gladia lista 5 motivos para deixar o açúcar fora do cardápio do seu filho, controlando a tentação das crianças pelos doces:
Crianças são atraídas pelo emocional, e não pela fome:
Na maioria das vezes, as crianças sempre escolherão seus alimentos considerando aquilo que seus olhos veem, ou seja, vão optar pelas comidas mais atrativas visualmente, agindo emocionalmente, e afetadas pelas estratégias do marketing da indústria alimentícia, como citado acima.
“Muitos produtos destinados ao público infantil trazem na embalagem figuras de personagens, super-heróis e princesas. Esse fato pode seduzir a criança, que acaba preferindo esse alimento por achar bonito. Afinal, qualquer personagem de desenho animado ou de filmes é mais interessante do que a cor de uma maçã, por exemplo. O nosso cérebro é movido por coisas que nos chamam a atenção, ainda mais quando somos crianças”, comenta a especialista.
Doenças:
Os saborosos alimentos açucarados – principalmente em grande quantidade-, geram graves problemas de saúde, afetando nosso sistema imunológico, nosso físico e psicológico.
“A má alimentação é um dos fatores externos responsável pelo aparecimento do câncer, ou seja, a doença se desenvolve não por ser genética e sim por maus hábitos da pessoa, entre eles a má alimentação. Além disso, problemas cardíacos também podem estar relacionados com o excesso de peso. Por isso, sempre digo que o ideal seria cortar o açúcar da nossa rotina, porém, como isso é uma medida muito drástica, diminuir é o melhor caminho, sempre buscando o equilíbrio”, comenta.
Problemas psicológicos:
Tudo que é consumido em excesso acaba se tornando um vício, utilizado normalmente para preencher algum vazio na vida do indivíduo. O açúcar estimula a produção de um hormônio chamado dopamina, que é responsável pela sensação de bem-estar. A ansiedade e o nervosismo também são gatilhos para a compulsão alimentar, pois o açúcar proporciona satisfação e prazer momentâneo.
“Muitas pessoas comem para se sentir melhor. E esse remédio tem um efeito colateral danoso, pois o alimento se torna ‘comida’ para a alma e para o corpo, e resulta em excesso. Nesse cenário, você come para não ter sentimentos desagradáveis e se sentir melhor diante de situações como tristeza. O fato é que, muitas vezes, não encaramos a obesidade como um vício, quando na verdade é”, enfatiza Gladia Bernardi
Gladia ainda explica que depois dos sucos de frutas com açúcar, a mãe costuma oferecer outras coisas pouco saudáveis, como sorvete e doces industrializados. Nesse momento, o cérebro da criança começa a ter acesso a guloseimas saborosas, como brigadeiro, refrigerante, cachorro-quente e hambúrguer. “Esses doces liberam serotonina no corpo humano, fazendo com que a criança se dependente do açúcar”, completa.
Industrialização:
A maioria dos alimentos que contém açúcar é feito industrialmente, ou seja, passa por diversos processos químicos, com presença de elementos tóxicos e prejudiciais à saúde.
“Mesmo vivendo em um mundo industrializado, é uma opção sua, mesmo que ele esteja cada vez mais presente na vida dos brasileiros. Não é o meio que escolhe quem você vai se tornar, quem os seus filhos vão se tornar, quais doenças você e os seus filhos terão: quem escolhe é você. Você pode ter a sua própria identidade, só que é preciso ter firmeza suficiente para não ser seduzido pelo meio”, salienta a nutricionista.
Aparência:
O consumo excessivo de açúcar também pode causar vários danos ao organismo, afetando a pele e os cabelos das crianças/adolescentes – principalmente as que ainda estão em fase de crescimento e na puberdade. Alguns desses efeitos negativos são as acnes, a oleosidade, o envelhecimento precoce da pele, a queda dos cabelos, inflamações, etc.
“O adulto que baniu, ou pelo menos diminuiu, o açúcar da sua vida e da dos seus filhos, educando a família a comer comida de verdade, está cuidando da saúde e pensa em si mesmo e em seus familiares. O que muitos não sabem é que o açúcar está presente em diversas formas na composição dos alimentos, e uns são mais tóxicos que outros, ou seja, causam danos para o corpo”, finaliza.
Informações: Assessoria de Imprensa