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Vacinas para prevenir doenças pneumocócicas

As doenças pneumocócicas são derivadas da bactéria Streptococcus Pneumoniae e responsáveis por milhares de internações anuais no Brasil. Existem mais de 90 tipos de pneumococos atuantes no organismo, que podem causar desde doenças simples como sinusite e otite (inflamação aguda do ouvido), até as mais graves como meningite, pneumonia, septicemia (infecção do sangue), osteomielite (infecção dos ossos) e artrite infecciosa.

A seguir, Fernanda Bombarda, médica pneumologista infantil, fala um pouco mais sobre as vacinas existentes:

– vacina conjugada 10 valente (VPC10): é indicada para crianças e previne cerca de 70% das doenças graves como pneumonia, otite e meningite. Protege contra dez sorotipos da bactéria: 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. Está disponível nos postos de saúde e é aplicada com 2 e 4 meses de vida do bebê e reforço no segundo ano. Crianças até quatro anos podem tomar esta vacina.

– vacina pneumocócica 13-valente (VPC13): igualmente indicada para crianças, previne cerca de 90% das doenças graves como pneumonia, otite e meningite. Protege contra 13 sorotipos da bactéria: 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F e 23F. Está disponível na rede particular e é aplicada com 2, 4 e 6 meses de vida do bebê e reforço entre 12 e 15 meses. Adultos acima de 50 anos podem tomar para reduzir as chances de contágio da doença pneumocócica invasiva.

*Crianças que tomaram a VCP10 também podem tomar a VPC13 para reforçar a proteção

– vacina polissacarídica ou pneumocócica 23-valente (VPP23): é indicada para adultos idosos e pacientes acima de 50 anos e ou com doença base, protegendo cerca de 90% das doenças graves, sendo necessário a revacinação em alguns casos após avaliação e indicação do médico especialista. Está disponível na rede particular e protege contra 23 tipos da doença: 1, 2, 3, 4, 5, 6B, 7F, 8, 9N, 9V, 10A, 11A, 12F, 14, 15B, 17F, 18C, 19A, 19F, 20, 22F, 23F, 33F.

Como a vacina é composta:

A maioria das vacinas são compostas do próprio vírus (vivo ou morto) não sendo capazes de transmitir a doença. Elas imunizam os pacientes e podem ou não causar ações adversas como vermelhidão no local da aplicação, sonolência, perda de apetite e febre para pessoas mais sensíveis aos seus componentes.

Como se dá o contágio das doenças pneumocócicas:

O contágio das doenças pneumocócicas acontece de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva transportadas por tosse e ou espirros, objetos contaminados e compartilhamento de utensílios como copos e talheres. As faixas etárias mais suscetíveis são crianças menores de dois anos e maiores de 65 anos, assim como pessoas com doenças crônicas (diabetes, câncer e insuficiência renal), fumantes e pacientes com sistema imunológico baixo.

É importante que os pais levem os filhos para avaliação clínica do pediatra e especialista, se possível no atendimento ambulatorial / clínica, ao menor sinal de doenças e evite o Pronto Socorro Infantil (PSI) para não correr riscos de novas contaminações e possíveis infecções. Após o diagnóstico correto, o tratamento é indicado.

Quando diagnosticada qualquer uma dessas doenças, o médico e especialista pode indicar o melhor tratamento e cuidados para a recuperação total do paciente. Vale dizer ainda, que as vacinas são fundamentais para erradicar as chances de contágio e minimizar os sintomas quando a doença acomete a pessoa imunizada.

“Mantenha todas as vacinas das crianças em dia para evitar possíveis surtos de doenças, infecções, internações e até óbito decorrente de doenças relacionadas ao pneumococo. As vacinas são seguras e não provocam malefícios aos usuários, pelo contrário, são essenciais para garantir a saúde das crianças e de toda a população”, esclarece Fernanda.

Informações: Assessoria de Imprensa

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Priscila Correia

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