Depois de nove meses de espera, ou às vezes um pouco antes, é chegada a hora da mãe ver a carinha do bebê, que só conhecia pelas imagens do ultrassom. Essa fase inaugura outra etapa repleta de descobertas: o choro é de fome, de sono ou um pedido de atenção? O leite vai ser suficiente? Qual é o intervalo ideal para as mamadas?
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A atenção ao recém-nascido é essencial, mas nos primeiros 42 dias após o parto, conhecidos como puerpério, as mulheres também precisam ficar atentas à própria saúde para não entrarem nas estatísticas dos serviços de emergências dos hospitais.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram, ao longo de oito anos de pesquisas com 26 mil mulheres, que as mães não fazem o devido acompanhamento médico no pós-parto. E, no Brasil, a realidade não é diferente.
Abaixo, algumas considerações de Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra.
1 – A vagina aumenta depois do parto?
Mito. A vagina tem uma certa elasticidade e se alarga para a passagem do bebê, mas pouco a pouco volta ao normal.
2 – No pós-parto, a lubrificação vaginal diminui?
Verdade. Com a elevação da prolactina devido à amamentação, a tendência é haver uma secura vaginal no pós-parto, o que pode dificultar as primeiras relações sexuais depois do parto, mas isso pode ser facilmente corrigido com lubrificante. Após a amamentação, tudo tende a voltar ao normal.
3 – Depois do parto normal, o períneo perde pelo menos 50% da força muscular?
Mito. Não podemos dizer que o períneo perde 50% da força muscular porque isso é muito variável. A força muscular só vai ser perdida se houver lesão de fibras musculares e isso não ocorre em todos os partos. Para os casos em que se perde a força do períneo é possível recuperar com fisioterapia pélvica, alguns exercícios específicos para esse tipo de musculatura e, em último caso e dependendo do grau da lesão, com cirurgia.
4 – É comum sentir dor na relação sexual depois do parto?
Verdade. Após o parto, tanto no normal quanto na cesárea, a mulher tende a ter um pouco mais de dor, até pela lubrificação diminuída devido à elevação da prolactina e à amamentação. A tendência é pouco a pouco a mulher ir se adaptando e voltar às condições normais. Às vezes, a mulher que teve cesariana pode sentir um pouco mais de dor do que aquela que fez o parto normal, já que o pênis pode mexer no útero na hora em que encosta no colo do útero e dar um pouco mais de incomodo pélvico, pois houve uma cirurgia com cortes e cicatrizações.
Informações: Assessoria de Imprensa