De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estatísticas do Reino Unido (ONS, na sigla em inglês), crianças que crescem em regiões metropolitanas são quatro vezes mais solitárias do que aquelas que vivem em cidades pequenas ou áreas rurais. Os resultados do estudo revelam que cerca de 19,5% das crianças de cidade grande relataram solidão com frequência.
Diante desses dados alarmantes, Morgana Batistella, gerente do Líder em Mim, programa referência na aprendizagem socioemocional no Brasil, revela como o desenvolvimento das competências socioemocionais podem ajudar a tornar uma infância mais sociável e alegre.
Solidão x interdependência
O isolamento urbano é considerado um dos principais fatores para a solidão infantil, pois grande parte dos pais têm receio de deixar os filhos brincarem fora de casa. O ambiente externo, contudo, ajuda na possibilidade de crianças estarem em contato com outras da mesma idade.
“Sabe-se que são muitos e embasados os receios dos pais, afinal, vivemos em um país com altos índices de violência e insegurança. O cenário se agrava em regiões metropolitanas. No entanto, as soluções podem ser encontradas nos próprios ambientes do lar e, principalmente, na escola”, ressalta Morgana.
Ela complementa que, aos pais, é importante manter um ambiente de sociabilidade entre os amigos do filho na própria casa. “É possível até entrar em contato com os outros pais para manter uma agenda. A relação de interdependência, desse modo, é entre todos os envolvidos no processo educativo”, sugere a educadora.
Ainda de acordo com Morgana, é importante “ajudar os jovens a entender e falar sobre a solidão, pensar em ações transformadoras no meio pedagógico e também no diálogo pelo uso positivo de ferramentas que os jovens recorrem em momentos de solidão”.
Informações: Assessoria de Imprensa.