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Citomegalovírus na gravidez: entenda o risco da infecção

Um vírus comum entre a população adulta mundial, que chega a acometer entre 50% e 95% das pessoas, e representa um risco ao feto e recém-nascido: o citomegalovírus. Da mesma família do herpes, ele é um dos principais causadores de infecção congênita com sequelas, que na maioria das vezes surgem na primeira infância (0 a 6 anos).

Segundo o ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Fernando Moreira de Andrade, a infecção em adultos frequentemente é de forma assintomática, podendo passar por uma virose sem grandes sequelas. Já em fetos e recém-nascidos, o cenário pode ser diferente em função da imaturidade do sistema imunológico. “As consequências a esses grupos geralmente afetam o Sistema Nervoso Central, prejudicando o desenvolvimento neuro-psico-motor”, explica.

A transmissão pode ocorrer por contato com secreções de pessoas doentes e, por isso, caso a mulher saiba que está infectada, a recomendação é evitar a gravidez. Porém, quando adquiri o vírus durante a gestação, há o risco de ocorrer a transmissão vertical, ou seja, infectar o feto neste período.

“Como os sintomas são raros nos adultos, qualquer sintomatologia semelhante a uma gripe, portanto, febre, dor muscular, dor de garganta entre outros sinais comuns, é importante investigar a fim de descartar a possibilidade de infecção pelo citomegalovírus ou outro agente etiológico”, complementa o ginecologista.

Andrade esclarece que a manifestação clínica em recém-nascidos é mais rara, manifestando-se normalmente, de forma tardia. Elas podem variar de uma ventriculomegalia – dilatação dos espaços cerebrais preenchidos com fluido cerebral- ao nascimento, até perda auditiva na primeira infância.

A prevenção do contágio inicia-se nas orientações higiênicas, assim como evitar contato com pessoas sabidamente gripadas. O vírus pode estar também no sêmen, por isso é importante evitar a relação ou usar o preservativo, mesmo quando não houver mais nenhum sintoma como de uma gripe, por exemplo.

De acordo com o médico, ao contrário de outras infecções, não há um tratamento padronizado e utilizado como rotina. Mas há estudos que pesquisam o tratamento intrauterino e do recém-nascido.

Informações: Assessoria de Imprensa.

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Priscila Correia

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