Formada em biomedicina, a educadora parental Telma Abrahão tem transformado a vida de milhares de famílias ao redor do mundo com a proposta de reeducar os pais para educarem seus filhos de forma respeitosa e mais assertiva, que efetivamente, produz excelentes e permanentes resultados a curto, médio e longo prazo.
Num mundo em constante transformação, onde queremos tudo cada vez mais rápido, muito se fala a respeito da “falta de limites” que vemos nas crianças, porém a maioria dos pais se sentem muito perdidos quando o assunto é a educação dos filhos. Uma das dúvidas mais frequentes é: “Como educar crianças para se tornarem adultos responsáveis, capazes, bem resolvidos e com boa autoestima sem bater, punir ou castigar? Seria possível?”
De acordo com a especialista Telma Abrahão, a resposta é sim! Certamente não é o caminho mais fácil, pois exige tempo e dedicação, porém muito possível se os pais se dedicarem a estudar e a aprender como funciona o cérebro de uma criança, buscando compreender os comportamentos esperados de cada fase do desenvolvimento infantil.
“Colocar um filho no mundo é instintivo, mas educar é ciência. Precisamos compreender de uma vez por todas, a responsabilidade que o papel de pais nos impõe. Não é a escola e nem as babás, os amigos ou os vizinhos que possuem o dever de educar uma criança. Esse dever é dos pais e a construção de um ser humano responsável e emocionalmente saudável precisa começar dentro de casa com o modelo familiar”, afirma Telma.
A educadora parental reforça que compreender as bases de uma educação respeitosa é fundamental para os pais mudarem a forma de agir com seus filhos. “Crianças não são pequenos adultos, elas possuem o cérebro imaturo, são dominadas pelas emoções e ainda não aprenderam a lidar com o que sentem. Elas vão aprendendo conforme se desenvolvem e através do exemplo de seus pais”.
O problema é que quando os pais não compreendem isso, acabam esperando delas um comportamento que elas não têm condições de ter. As birras não são um ataque contra os pais, elas são a manifestação dessa imaturidade cerebral para lidarem com o que sentem. Podem ser ainda, necessidades físicas não atendidas como cansaço, fome ou sono. Ou também, necessidades emocionais não atendidas como falta de afeto ou acolhimento emocional.
Pais estressados e autoritários criam filhos ansiosos, desconectados e nervosos. Tudo isso porque o medo e o estresse constante liberam grandes quantidades de cortisol no corpo dessa criança em desenvolvimento e podem trazer problemas como, dificuldade de concentração, de aprendizado e até mesmo de socialização. O estresse é uma resposta fisiológica a uma situação adversa. Quando produzido, desencadeia mudanças químicas, que afetam os mais diversos sistemas do nosso corpo e um exemplo disso pode ser a dificuldade da criança em aprender ou em se concentrar.
Três tipos diferentes de resposta ao estresse
O Centro de Desenvolvimento da Criança da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, cita três tipos diferentes de resposta ao estresse: positiva, tolerável e tóxica, dependendo do efeito que essa reação tem sobre o corpo. O que mais preocupa é a terceira opção, que chamamos de estresse tóxico.
Ele pode ocorrer quando uma criança vivencia uma dificuldade intensa, frequente e prolongada, sem o apoio emocional adequado de um adulto. Entre os exemplos mais comuns, estão: negligência, abuso físico ou emocional, falta de cuidados, exposição à violência doméstica, pais viciados em drogas, problemas mentais ou pobreza acentuada.
Pais depressivos, que não conseguem cuidar do filho, pais que brigam o tempo todo, que não se dedicam a amar e se conectar com os filhos, podem fazer com que a criança entre em um estado permanente de estresse, considerado tóxico. E isso pode gerar consequências por toda a vida.
Esse fator aumenta a probabilidade da criança apresentar atrasos no desenvolvimento e problemas de saúde, como abusos de drogas e depressão, além de dificuldade de socialização e aprendizado.
Diante do estresse, o corpo e o cérebro ficam em alerta: produzem adrenalina, aumentam a frequência cardíaca e liberam mais hormônios, como o cortisol. Depois de um certo tempo, é esperado que a resposta se atenue, e o corpo volte ao estado natural, mas se o consolo e o acolhimento dos pais não ocorrer, a resposta se mantém constantemente ativa, inclusive quando já não existe um perigo aparente.
As pesquisas feitas até agora demostram que estabelecer uma relação emocional estável, com adultos envolvidos no bem-estar da criança, possa prevenir e reverter o danos do estresse tóxico.
Com a experiência de ter atendido e ajudado inúmeros pais, Telma deixa alguns questionamentos para refletirmos e assim entendermos as necessidades emocionais de pais e filhos. “Como esperar que uma criança aprenda a se autocontrolar, se muitos pais até hoje não aprenderam a fazer isso? Como desejar ter filhos seguros se tantos pais têm dúvidas sobre seu próprio valor e se sentem perdidos na vida porque são fruto de uma infância cheia de punição e pouca conexão emocional?”.
Realmente precisamos nos reeducar para estarmos aptos a educar com o amor e o respeito que toda criança merece.
Workshop “Pais que evoluem” acontece dia 18 de abril em Boston
Telma Abrahão estará em Boston, no dia 18 de abril, para ministrar o workshop “Pais que evoluem”, ensinando pais a como educar de forma assertiva através da Disciplina Positiva e da Inteligência Emocional. O evento acontece no Best Western Plus, localizado no 1 Rainin Road, em Woburn. As inscrições são limitadas e já podem ser feitas através do link: https://www.eventbrite.com/e/workshop-pais-que-evoluem-boston-massachussets-tickets-97822426511
Informações: Assessoria de Imprensa