A fase da amamentação é de extrema importância na vida do bebê. Além dos benefícios ao sistema imunológico, o aleitamento é responsável pela criação do vínculo entre mãe e filho, estabelecido através desse contato. Em tempos de pandemia, muitas gestantes se mostram preocupadas com a possibilidade de contaminação. No entanto, a coordenadora de enfermagem da Perinatal e especialista em amamentação, Graziela Abdalla, explica que ainda não existem estudos que apontem a transmissibilidade do vírus por meio do aleitamento materno e que medidas protetivas são importantes durante a quarentena. “É importante higienizar as mãos antes e depois da amamentação, ou ordenha. O uso de máscaras nesse momento também é um ponto positivo”, explica.
Segundo a especialista, nervosismo e tensão podem afetar a fabricação de leite, justamente por provocarem a produção da adrenalina, inibidor da ocitocina – hormônio responsável pela ejeção do leite materno. “É ideal que as mães se mantenham tranquilas. Sabemos que em situações fora da pandemia, o aleitamento é difícil para algumas mulheres, então uma dica importante é cuidarmos da mente”. Exercícios de meditação e atividades prazerosas podem ser benéficas para a lactante. “Tudo vai passar”, tranquiliza.
No caso das mães infectadas pela COVID-19, sem condições físicas para amamentar, ou que não se sintam a vontade, a recomendação é que realizem a ordenha e ofereça ao bebê em copinho ou colher, devidamente higienizados. ” O aleitamento traz mais benefícios que riscos, além de aumentar o amor”, explica Grazi.
Para as mães, doadoras de leite, a profissional recomenda que continuem colaborando. “É importante que a doadora siga todos os protocolos de higiene recomendados. Lave bem as mãos e os utensílios utilizados na ordenha”, explica.
Informações: Assessoria de Imprensa.