Embora ainda seja pouco conhecida e discutida, é de extrema importância falarmos sobre a Síndrome Alcóolica Fetal (SAF). Sabemos que é um consenso entre os médicos, que ocorra abstenção de álcool durante a gestação.
Há um bom número de pesquisas e estudos documentados. O álcool é uma das razões não genéticas que podem causar déficit intelectual na criança, além de ser considerado uma das causas mais frequentes de anomalias congênitas que podem ser evitadas.
Segundo Gesika Amorim, médica pediatra, neuropsiquiatra, especialista em tratamento integral do autismo e neurodesenvolvimento, não existe quantidade de álcool segura para a gestante usar em qualquer fase da gravidez. Então não se trata apenas de abuso de álcool, mas de segurança no uso de álcool em maior ou menor grau.
O American Journal Secret, apresentou um estudo realizado em 2020, indicando que o consumo de álcool, em qualquer quantidade, durante o pré-natal, está associado a maiores causas de psicopatologias, além de déficit de atenção e impulsividade.
Outros estudos apontam que a exposição pré-natal ao álcool tem efeitos irreversíveis; que também variam do nível de consumo, do tempo da gravidez e do tempo de exposição.
O termo Distúrbio do Espectro Alcoólico Fetal é usado para se referir aos inúmeros efeitos causados no indivíduo que sofreu uma exposição de álcool durante o pré-natal. “Existe a Síndrome Alcóolica Fetal clássica; que tem todos os caracteres físicos, característicos da Síndrome Alcóolica Fetal. Quando se faz o diagnóstico e você tem as manifestações físicas, morfológicas e faciais; lábio superior fino, ponte nasal baixa, olhos estreitos, e o retardo mental que é o mais característico, além das manifestações cognitivas; não apenas da Síndrome Alcóolica Fetal, mas do uso de álcool na gestação. O mais importante é o rebaixamento intelectual e as manifestações clinicas tardias de transtornos neuropsiquiátricos; ou seja, são crianças que, além de um rebaixamento intelectual, vão ter também, pelo uso do álcool em qualquer período da gravidez e não importando a quantidade, uma chance maior de desenvolver transtorno disruptivos; TDAH, Transtorno de Conduta, Transtorno Desafiador Opositor, dificuldades de aprendizado; dificuldade de alfabetização, de aprender matemática além de transtornos neuropsiquiátricos em geral; ansiedade, transtorno depressivos e outros”, explica Gesika Amorim.
É extremamente importante que as mulheres entendam que é necessário se abster do consumo de álcool em qualquer quantidade durante a gravidez desde a concepção. “O mais importante é entender que, ao consumir álcool durante a gravidez, a longo prazo, você vai impedir que essa criança que você está gerando, desenvolva todo o potencial que porventura ela poderia desenvolver. Você a estará prejudicando no sentido literal, de alcançar o máximo de sua capacidade em todos os níveis. Qualquer quantidade álcool que você consome na sua gravidez pode levar esta criança a um grande prejuízo”, reforça.
Informações: Assessoria de Imprensa.