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Doenças de inverno: saiba como se prevenir de infecções comuns da estação

Com a chegada do inverno e das mudanças de temperaturas, algumas doenças infectocontagiosas, como gripe, pneumonia, sarampo e meningite, podem aparecer. E, em tempos de Covid-19, os cuidados de todos devem ser redobrados. Para evitar o contágio, é preciso ficar atento e se prevenir.

Segundo Lessandra Michelin, infectologista e gerente médica de vacinas da GSK, o tempo frio faz com que as pessoas fiquem mais tempo em espaços fechados, o que facilita a transmissão de diversos tipos de vírus e bactérias. “É só esfriar um pouquinho que as pessoas fecham as janelas para se protegerem, e com o ambiente fechado, o ar não circula e nem se renova, favorecendo a proliferação e a propagação de quadros infecciosos. E, como muitas dessas doenças têm transmissão respiratória como a Covid-19, é fundamental que a população, principalmente crianças e idosos, que são os mais vulneráveis, estejam imunizados. A vacinação é a principal forma de prevenção, lembrando que outros cuidados como lavar as mãos também são importantes para essa proteção”, afirma.

Doenças com maior transmissão no inverno

Para muitos, é só o tempo esfriar um pouco que a coriza, o nariz entupido e a tosse surgem. Se for gripe, os sintomas incluem ainda febre/calafrios, dor de garganta, dores musculares, dores de cabeça e fadiga. A gripe é uma infecção viral respiratória aguda e altamente contagiosa, podendo levar a complicações graves e ao óbito. A doença pode afetar indivíduos de todas as idades, sendo facilmente transmitida através da tosse, espirro e contato próximo com uma pessoa ou superfície contaminada.7 8 9 No resfriado, os sintomas, apesar de parecidos e comumente confundidos com os da gripe, são mais brandos e duram menos tempo.10

“A vacinação anual é a melhor medida de prevenção, de redução de complicações graves e de redução de óbitos relacionados à gripe. Quem ainda não se imunizou contra a doença este ano, é muito importante se vacinar o mais rápido possível. E a vacina não é importante apenas para grupos prioritários como idosos e crianças. A vacinação contra a gripe é essencial para todas as faixas etárias. As pessoas devem checar se fazem parte dos grupos de risco que podem se vacinar nos postos de saúde. Caso contrário, devem procurar, se possível, as vacinas na rede privada”, conta Lessandra.

A pneumonia é outra doença que preocupa e pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos. A bactéria Streptococcus pneumoniae (ou pneumococo) é o agente causador de doenças pneumocócicas e é responsável por 60% dos casos de pneumonia. O pneumococo, também pode causar otite média, sinusite e, em casos mais graves, bacteremia e meningite. Os principais sintomas são tosse constante, febre, gemidos por causa de problemas respiratórios, dificuldade para se alimentar, apatia, prostração, e aumento da frequência respiratória.

Muitos não sabem, mas a ocorrência da meningite bacteriana também é mais comum no inverno. “A doença é grave, evolui muito rápido e pode se manifestar em qualquer faixa etária. Um dos principais agentes que causam meningite é a bactéria Neisseria meningitidis. Ela atinge as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal e, se não for rapidamente diagnosticada, em 24 horas pode mudar o rumo da vida do paciente, evoluindo para sequelas graves e até óbito. Por isso, é preciso estar atento aos primeiros sinais e, claro, estar em dia com a vacinação contra os 5 principais sorogrupos (A, B, C, W e Y)”, alerta a médica.

Outros motivos de atenção são o sarampo e a coqueluche. Considerado eliminado no Brasil em 2016, o sarampo voltou a fazer vítimas após quedas das taxas vacinais nos últimos anos e, em 2019, o país atravessou um surto, com mais de 18 mil casos diagnosticados. Já a coqueluche é considerada uma infecção altamente contagiosa e pode ser fatal em crianças menores de um ano.

Transmissão similar à Covid-19

“Essas doenças citadas acima possuem em comum diversos fatores, principalmente a forma de transmissão, que se dá por contato com secreções e gotículas de tosse e espirro de pessoas contaminadas – como acontece com a Covid-19, o que faz com que as medidas comportamentais de prevenção da doença pandêmica ajudem também na prevenção de outras doenças de transmissão respiratória. A boa notícia é que para todas essas existe prevenção por meio da vacinação. Por isso, manter a caderneta de vacinação de todos em dia é essencial para um inverno sem doenças imunopreveníveis. Quanto mais pessoas forem vacinadas, mais pessoas estarão protegidas e menos doenças irão circular”, explica Lessandra.

Vacinação é a melhor forma de prevenção

O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente 19 vacinas, que protegem contra mais de 20 doenças – incluindo essas mais comuns do inverno -, para diversas faixas etárias, desde recém-nascidos até a terceira idade. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada, para a imunização de todas as faixas etárias.

“Estamos, atualmente, com campanhas de vacinação contra gripe e contra Covid-19 acontecendo em todo o país. Mas, precisamos também lembrar a importância de mantermos altas coberturas vacinais para as outras doenças contra as quais já dispomos de vacinas. Se, por acaso, a pessoa não tiver mais a carteira de vacinação, seja criança, adolescente, adulto ou idoso, deve procurar um médico ou ir a um posto de saúde para receber as orientações sobre as vacinas recomendadas para cada faixa etária e colocar a rotina de imunização em dia. Os benefícios da vacinação se estendem para além da infância, contribuindo, inclusive, para um envelhecimento saudável e para a qualidade de vida de adultos e idosos”, conclui Lessandra.

Informações: Assessoria de Imprensa.

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Priscila Correia

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