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Leguminosas: as contribuições para uma alimentação saudável e a preservação do solo

As leguminosas desempenham um papel fundamental nas diversas culturas ao redor do mundo ao longo de milhares de anos. Além de sua valiosa contribuição nutricional, esses alimentos destacam-se por sua resistência, apresentando tolerância à seca, adaptabilidade a diferentes climas e exigindo quantidades reduzidas de água em sua produção. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reconhece as leguminosas como agentes transformadores nos sistemas agroalimentares, graças à sua robustez, que permite o acesso a alimentos ricos em nutrientes, independentemente das condições climáticas em todo o mundo. Vale ressaltar que esses alimentos também desempenham um papel benéfico na agricultura, gerando consideráveis quantidades de biomassa, enriquecendo o solo com nutrientes. Além disso, sua utilização como adubação verde fortalece a produtividade agrícola.

O Brasil destaca-se como uma referência na produção de leguminosas, sendo que o prato mais consumido no país, o feijão, é um exemplo comum. As projeções para este ano indicam um crescimento de 1,7% na safra de soja em comparação ao ano anterior, além de um aumento de 4,2% na produção de feijão, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

As leguminosas referem-se aos frutos e sementes pertencentes à família de plantas Fabaceae. Seus grãos geralmente se desenvolvem em vagens e apresentam uma variedade de formatos e tamanhos, sendo os mais comuns: feijão, lentilha, soja, grão de bico, amendoim e ervilha. Esses alimentos desempenham um papel importante em uma dieta saudável devido ao seu alto teor proteico, abundância de fibras e baixo índice de gordura. Além disso, são fontes ricas em vitaminas do complexo B, antioxidantes como saponinas e isoflavonas, assim como minerais essenciais como ferro e cálcio. Tania R. Maldonado Yamaguchi, nutricionista do Hospital Nipo-Brasileiro (HNipo), destaca a importância desses elementos para a saúde.

“Por conter tantos nutrientes, os alimentos podem contribuir para a saúde, reduzindo os níveis de triglicerídeos e diabetes, prevenindo alguns tipos de cânceres, ajudando a combater a anemia e contribuindo para a perda de peso. Além disso, as leguminosas proporcionam sensação de saciedade, sendo cruciais para planos alimentares e dietas restritivas e sem carne”, complementa. 

Não existe um consenso em relação à quantidade ideal de leguminosas na alimentação diária, no entanto,a especialista comenta que o essencial é diversificar e consumir as diversas opções para uma alimentação completamente rica em nutrientes. “Mesmo quem não gosta de feijão, por exemplo, pode buscar alternativas que tenham valor nutricional equivalente, como a lentilha ou a vagem”. 

Dicas para consumir mais leguminosas

A nutricionista reforça algumas dicas para incluir mais leguminosas no cardápio e consumir com mais frequência, tendo ciência sobre os seus inúmeros benefícios. 

·  As leguminosas combinam bastante com saladas diversas, junto com toppings e temperos especiais, por exemplo, salada de soja com tomate. 

·  Também podem ser utilizadas em sopas e caldos, como sopa de ervilha. 

·  Para quem não está acostumado a consumir ou não gosta, as leguminosas podem ser consumidas em forma de farinha, inclusive substituindo farinha de trigo, e sendo usadas em bolos ou massas. Uma opção é a farinha de feijão branco.

·  Para aqueles que desejam reduzir o consumo de carne animal, as leguminosas podem ser uma boa solução. Algumas opções como hambúrguer e bolinhos podem ser feitos com estes alimentos. Um exemplo é o falafel, bolinhos de grão-de-bico originários do Oriente Médio e até mesmo hambúrguer de grão-de-bico. 

·  A alfarroba, muito utilizada para chocolates saudáveis, é considerada da família das leguminosas. Estes chocolates além de nutritivos, podem substituir as opções mais doces. 

·  As favas podem ser consumidas como snacks, sejam torradas ou com temperos diferentes.

“As leguminosas são extremamente versáteis e normalmente as receitas que funcionam com uma, funcionam com diversas outras. Por isso, a maior dica de todas é variar nas combinações e arriscar sem medo, pois elas são fáceis de trabalhar e ainda estimulam uma vida mais saudável”, finaliza Tania R Maldonado Yamaguchi. 

Informações: Assessoria de Imprensa.

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Priscila Correia

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