Pode parecer coincidência, mas não é. Muitas crianças que já tiveram crises respiratórias, em algum momento de suas vidas vão ou já apresentaram sintomas de dermatite atópica, também conhecida como eczema. Segundo estudos científicos e relatos de reportagem publicada na Revista “Unesp Ciência”, uma doença pode estar ligada a outra e, consequentemente, se manifestam em diferentes fases da vida.
De acordo com a pesquisa, primeiro ocorre a dermatite atópica, caracterizada como vermelhidão, lesões e coceira na pele, em especial nas dobras dos joelhos e cotovelos, em bebês e crianças – alguns casos precisam de internação e acompanhamento médico hospitalar. A médica pneumologista infantil Fernanda Bombarda explica que, depois de algum tempo, os sintomas evoluem para chiado e ronquidão no peito, desencadeando crises respiratórias. A partir dos quatro anos, é comum observar episódios de asma e dificuldade de respirar. Aos sete anos os sintomas migram para rinite e sinusite.
Ainda, segundo estudos realizados na Austrália pelas universidades de Melbourne e Monash, em parceria com o Instituto de Pesquisa Menzies, pessoas que tiveram dermatite atópica na infância, também, apresentaram problemas respiratórios ao longo de suas vidas (infância, adolescência e fase adulta), o que se torna um agravante para familiares que possuem hereditariedade nas doenças.
Atualmente, cerca de 30 a 40% da população mundial apresentam sinais de doenças respiratórias e dermatites atópicas. Os estudos revelam que esse número expressivo se dá pelo aumento da exposição a poluição e, também, pela falta da prática de exercícios físicos, que prejudica a imunidade e propicia doenças deste perfil.
É importante, para qualquer dúvida dos pais, uma avaliação do especialista médico, ao qual terá ferramentas baseadas em exames e testes, que garantirá um diagnóstico correto e seguro para tratamentos inibidores dos sintomas e possíveis controles das doenças.
Vale lembrar, ainda, para os casos positivos de doenças de caráter atópico e ou respiratórios, os pais devem seguir rigorosamente os tratamentos indicados para manter a saúde e qualidade de vida de seus filhos. Não automediquem as crianças e tão pouco troquem ou testes novos tratamentos sem o consentimento do médico responsável. Devemos ser responsáveis pela saúde e segurança da criança, em quaisquer circunstâncias, lembrem-se disso.
Informações: Assessoria de Imprensa