O Natal é uma data que propicia muitas reflexões, entre elas, os hábitos de consumo da sociedade. Essa é uma das épocas do ano em que há um aumento no estímulo para a compra e, também, na quantidade de publicidade infantil. Sendo as crianças um dos principais alvos das estratégias de comunicação mercadológica das empresas nesse período, é importante que as famílias estejam atentas às alternativas para evitar o consumo por impulso. Pensando nisso, o programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, lista algumas dicas para que as festas de final de ano sejam celebradas com mais presença e menos presentes.
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- Crie e mantenha tradições especiais
Que tal propor às crianças atividades de Natal que não envolvam consumo? Uma ideia é convidar os pequenos para atividades criativas em casa como ajudar na decoração, na montagem da árvore de Natal, reutilizando materiais para criar novos enfeites, e, até mesmo, no preparo de receitas simples, como um bolo natalino. Também vale contar histórias de Natal e reunir a família para brincadeiras ou conversas. Criar e manter tradições especiais ajuda a marcar essa data pelo afeto e pelas conexões familiares, e não apenas pelo consumo.
- Natal com mais brincadeiras
A época de Natal, por ser nas férias escolares, também é o momento em que as crianças estão mais tempo em casa. Por isso, que tal aproveitar os dias de verão e propor atividades e passeios ao ar livre? Vale desde um banho de mangueira no quintal até uma ida ao parque, um mergulho no mar ou mesmo uma volta em alguma área verde do bairro.
- Incentive a ressignificação dos brinquedos
Pais, mães e responsáveis podem conversar com as crianças e explicar que Natal não precisa ser associado à compra de novos brinquedos. É interessante incentivar os pequenos a refletir sobre os brinquedos que já têm, estimulando-os a doar ou trocar aqueles que não estão mais em uso. Explique a eles como é o processo de produção dos brinquedos, o que acontece quando são descartados e os impactos desses resíduos no meio ambiente, em especial quando são feitos de plástico. Essa é também uma boa oportunidade para organizar ou participar de uma Feira de Trocas de Brinquedos .
- Promova encontros com outras crianças
Natal é momento de encontro. E nada melhor para uma criança do que brincar com outras! Promova encontros entre as crianças da família ou da vizinhança, buscando explorar sua criatividade, espírito esportivo e senso de exploração. Também vale incentivar que elas conheçam mais a própria comunidade, ruas e praças do bairro, sob supervisão de um adulto, dando início a várias descobertas!
- Faça combinados
Quando for fazer compras, caso seja necessário levar a criança, combine com ela como será o passeio e qual o objetivo antes de sair de casa. Isso pode ajudar muito a reduzir os pedidos por impulso. Se a ida ao shopping é apenas para comprar um presente para alguém, é importante que isso seja dito para a criança com antecedência. Nas compras do supermercado é possível combinar, por exemplo, quantos e quais itens ela poderá escolher para comprar. E assim por diante. E lembre-se: também é importante dar o exemplo e não exagerar nas compras.
- Proponha atividades sem telas
Que tal sugerir outras brincadeiras aos pequenos, ao invés de assistir TV ou navegar na internet? Isso pode auxiliar na redução do contato com publicidade infantil. Nos canais infantis da TV paga há um aumento significativo na quantidade de anúncios direcionados para crianças com a aproximação de datas festivas. Na internet, as empresas direcionam publicidade velada para crianças em aplicativos, sites, jogos e canais de youtubers mirins (através da prática de unboxing , por exemplo).
- Presente legal é presente sem publicidade infantil
Na hora de escolher um presente para uma criança, dê preferência a marcas que não anunciam seus produtos para o público infantil. Além de antiética e injusta, essa é uma prática ilegal, já que o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 37, prevê como abusiva a publicidade que se aproveita da deficiência de julgamento e de experiência da criança. Ou seja, publicidade infantil é ilegal, mas a publicidade dirigida ao público adulto, não.
- Contribua para o fim da publicidade infantil
Encontrou publicidade infantil? Saiba que é possível fazer denúncias aos órgãos de Defesa do Consumidor ou ao Criança e Consumo e cobrar das empresas o cumprimento da legislação. Direcionar publicidade às crianças é prática abusiva e, portanto ilegal, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Confira, aqui , informações e características para você entender, em menos de um minuto, como identificar publicidade infantil.
- Conheça os impactos da publicidade infantil
Para os pais que buscam entender melhor como o estímulo ao consumismo na infância, impulsionado pela publicidade infantil, impacta as crianças, vale assistir ao filme “Criança, a alma do negócio”, de Estela Renner. O documentário é um convite para que os adultos reflitam sobre como colaborar para reduzir o consumo exagerado. O filme está disponível no Videocamp para exibições públicas e gratuitas.
Informações: Assessoria de Imprensa.