Após a epidemia de sarampo que marcou o ano passado, o Ministério da Saúde divulgou nova campanha contra a doença, reforçando a importância de outras doses. Entre 10 de fevereiro e 13 de março, pessoas de 5 a 19 anos deverão ser vacinadas contra o sarampo – e para aumentar a eficácia da vacina contra febre amarela, uma nova dose deve ser aplicada aos 4 anos de idade.
De acordo com Flavia Carijó, diretora médica da rede de clínicas Prophylaxis, enquanto as pessoas se mantiverem resistentes à vacinação, não é possível impedir que novos surtos ocorram. Porém, um dos obstáculos é ao longo da vacinação de bebês, época primordial para que as crianças criem anticorpos que as livrem de contaminações futuras.
Flavia explica que, independentemente da idade, a melhor forma de lidar com as crianças sobre este assunto delicado, é contando simplesmente a verdade, de forma bem transparente e clara. “As crianças são mais receptivas do que adultos, não tem preconceito e tem muito menos medo de picadas hoje em dia do que antigamente, geralmente os receios que tem é o que foi transmitido pelos adultos”, esclarece a médica.
A especialista ensina que, quando perguntarem se vai doer, deve-se explicar que “dói um pouquinho, mas muito menos do que levar um tombo, por exemplo.” Segundo Flavia, do ponto de vista da ação da vacina, precisa detalhar que ela vai prevenir doenças que são transmitidas por mosquitos, ou por pessoas, e que devido às vacinas elas não vão ficar de cama, não vão precisar tomar injeção e nem ir ao hospital.
Vale ressaltar a importância de quem aplica a vacina. “Quem aplica deve estar bem instruído e treinado para transmitir confiança. Não precisa usar diminutivos, pois irá enganas as crianças e elas ficam facilmente desconfiadas. O mais indicado é um discurso de simplicidade e transparência”, defende a médica, que não é a favor de recompensas como pirulitos, etc. “A recompensa é a própria vacina e o fato da criança estar imunizada de doenças. Por exemplo, estes óculos que passan vídeos para distrair a atenção, não acredito que sejam a melhor forma de deixá-las calmas. No caso do bebê, que não tem diálogo, a melhor forma é pelo toque suave, pela presença calma e eficiente da pessoa que vai aplicar a vacina. Mas a criança maior, quanto mais ela participar do processo, entendendo e ficando colaborativa, será o melhor para um bom comportamento”, finaliza.
Informações: Assessoria de Imprensa.