Algumas atividades não podem parar. E quando o assunto é a vida de um paciente, hospitais que atendem casos graves, de alta complexidade, se adaptam para receber, com todos os protocolos de segurança, aqueles que necessitam de cirurgia. É o caso da maternidade carioca Perinatal, que possui taxa zero de Covid-19, e atende bebês e crianças diagnosticados com cardiopatia congênita. A malformação do coração é responsável por quase 40% dos óbitos por anomalia congênita em bebês com menos de um ano. No Brasil, a cardiopatia atinge um em cada 100 recém-nascidos.
Nesse momento de pandemia, diversas dúvidas permeiam a vida dos pais e familiares que precisam iniciar o tratamento em seus bebês. “Por onde começar?”, “O que fazer nesse momento tão delicado?”. Vale ressaltar, que a patologia é descoberta ainda no pré-natal, logo após a 18ª semana de gestação. Já a intervenção será realizada de acordo com a necessidade do caso. Por existirem mais de 40 tipos de cardiopatia, é preciso do diagnóstico de um especialista que irá indicar qual a melhor alternativa.
Há anomalias que necessitam de uma cirurgia de correção na primeira semana do nascimento. É o caso da Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico, ou cirurgia de Norwood. Esse tipo de cardiopatia, por exemplo, possui um índice de mortalidade de 100%, e é preciso reconstruir a principal metade do coração. Sandra Pereira, coordenadora de cirurgia cardíaca da Perinatal, explica que 80% das cirurgias cardíacas são realizadas no primeiro ano de vida, já 46% são feito no mesmo mês do nascimento. “Fazemos cerca de 20 a 25 intervenções cirúrgicas por mês, e recebemos pacientes de todo o Brasil. Muitos deles chegam por intermédio do obstetra, já com um pré-diagnóstico em virtude do pré-natal”, explica.
Dados gerais que você precisa saber:
• Cardiopatia Congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge no coração do bebê durante a gestação.
• 1 em cada 100 fetos apresenta problemas de malformação do coração no mundo;
• É responsável por 40% dos óbitos por anomalia congênita em bebês com menos de 1 ano;
• Nas crianças com Síndrome de Down, a incidência de cardiopatia é 8 vezes maior;
• Média de sobrevida internacional é de 75%, alguns serviços com sobrevida de acima de 90%;
• Mais de 30% dos cardiopatas críticos recebem alta das maternidades sem diagnóstico, aumentando o risco de vida;
• Ao ano, são 28.846 novos casos no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
• No Rio de Janeiro, nascem mais de 2.000 crianças cardiopatas ao ano;
• Destas, 1.300 necessitam fazer cirurgia cardíaca, 480 no período neonatal;
• Existem mais 40 cardiopatias principais, podendo chegar a 200 subvariedades;
• 1 em cada 3 casos necessita de cirurgia complexa no primeiro mês de vida.
Informações: Assessoria de Imprensa.