As altas temperaturas são uma delícia para ir à praia, para um bom banho de piscina ou até mesmo um passeio no parque, mas, no dia a dia, no fim das férias, trazem mais incômodos do que prazer para as crianças. A lista de problemas de saúde que chegam junto do calor, que não tem dado trégua, é extensa, e pode ficar ainda mais longa na volta às aulas presenciais, prevista em várias cidades do país.
A pediatra Patrícia Rezende, do grupo Prontobaby, alerta que é preciso ter atenção para que os pequenos, que vão enfrentar o desafio do uso de máscara para se proteger da Covid, não tenham desconfortos extras, como brotoejas e micoses, ou até mesmo doenças que requerem cuidado maior, como gastroenterites. Confira, a seguir, as principais dicas para manter a saúde dos filhos em dia neste período:
Olho vivo nos alimentos e viroses:
Segundo a médica, é preciso prestar atenção na conservação de alimentos para evitar inflamações no trato gastrointestinal, que podem vir acompanhadas de dores, vômito e diarreia. “Um caso clássico de gastroenterite é aquele provocado por comida contaminada, como a maionese que ficou de fora da geladeira, sem acondicionamento adequado”, diz Patrícia, lembrando ainda que este o condimento não é o único vilão.
As viroses sazonais também atacam e é preciso orientar os pequenos a manter a boa higienização das mãos, não só para proteger contra o coronavírus. “Gastroenterites também podem ser causadas pelo rotavírus, muito comum nesta época do ano”, diz Patrícia.
Água nunca é demais
O consumo de água deve ser uma preocupação constante. Como os pequenos muitas vezes não lembram de ingerir líquidos, acabam perdendo mais água do que ganhando, o que leva o organismo à desidratação. É preciso oferecer água várias vezes ao dia para combater o problema, que deixa boca e peles secas, olhos fundos e pode vir acompanhado de tontura, fraqueza, dor de cabeça, cansaço excessivo e diminuição ou ausência de lágrimas. Com a volta às aulas, em tempos de pandemia, o ideal é ignorar os bebedouros e mandar uma garrafinha para uso individual. “Se o líquido não for reposto, também ficamos todos, inclusive crianças, mais suscetíveis à queda de pressão arterial”, alerta Patrícia.
Cuidado com micoses e otites
Com frequência, o verão também aumenta o número de casos de micoses, já que os fungos se reproduzem com maior facilidade em ambientes quentes e úmidos. Pense duas vezes antes de calçar um tênis e meia em seu filho na volta às aulas. Prefira, se possível, sapatos mais ventilados.
Patrícia também lembra que uma micose bem comum neste período, após as férias, é a conhecida como pano branco. A doença de pele , causada pelo fungo Malassezia furfur, produz uma substância chamada ácido azeláico, que impede a pele de produzir melanina quando exposta ao sol. Nos locais atingidos pelo fungo, surgem pequenas manchas brancas. Outro problema recorrente no fim das férias é a otite externa. “No verão, é mais comum ter otite externa, a chamada otite de nadador, causada pela umidade que fica no ouvido e leva à proliferação de fungos e bactérias”, diz Patricia.
Brincadeira tem hora
Seja em casa, seja na hora do recreio, é necessário explicar ao seu filho que brincadeira ao ar livre tem hora. A exposição direta ao sol deve ser evitada. Nada de jogar futebol, queimado, ou fazer qualquer outra atividade física nas horas mais quentes do dia. Deve-se dar preferência ao início da manhã ou fim de tarde. Roupas leves, de algodão, são as mais adequadas.
Protetor solar não é item necessário só na praia
Um erro muito comum das mães, pais e cuidadores é só lembrar de passar protetor solar nas crianças na hora da praia ou piscina. Mas a pediatra Patrícia Rezende lembra que é necessário criar o hábito de passar um protetor com fator 30 sempre que possível. E isso inclui o retorno ao colégio.
Brotoejas e assaduras
Não são apenas bebês que sofrem com brotoejas, uma dermatite inflamatória causada pela obstrução das glândulas sudoríparas. Para preveni-la, deve-se manter o ambiente fresco e dar preferência a roupas de fibra natural, que retêm menos calor. Fique atento à composição do uniforme e, caso ele seja feito de fibras sintéticas, retire assim que a criança chegar em casa.
Informações: Assessoria de Imprensa.