No mês das crianças, além de celebrar a infância, pais e responsáveis são convidados a olhar com atenção para o crescimento infantil. Alterações no desenvolvimento podem passar despercebidas, mas identificar precocemente quando algo foge do esperado é essencial para garantir uma infância saudável e um futuro equilibrado. Um exame simples de idade óssea permite que os médicos avaliem se o crescimento segue o ritmo adequado e orientem a família sobre possíveis necessidades de acompanhamento.
O desenvolvimento ósseo pode ser influenciado por fatores nutricionais, como a falta de cálcio, vitamina D e proteínas; por doenças endócrinas, como o hipotireoidismo e a deficiência do hormônio do crescimento; ou ainda por condições genéticas, que determinam tanto a estatura familiar quanto síndromes que afetam diretamente os ossos. Um dos principais exames para avaliar o desenvolvimento ósseo é o raio-X de mão e punho, que estima a chamada “idade óssea”, ao comparar a maturação dos ossos com padrões de referência.
Esse tipo de radiografia permite avaliar a maturação esquelética e identificar alterações no ritmo de crescimento. “Trata-se de um exame simples que pode trazer muitas informações para o acompanhamento da criança. Ele é fundamental para verificar se o ritmo de crescimento ósseo está em harmonia com a sua idade real, a chamada idade cronológica. Caso haja qualquer descompasso, ele serve como um alerta para que o acompanhamento pediátrico seja intensificado,” afirma Dra. Taísa Davaus, coordenadora de radiologia pediátrica do Alta Diagnósticos, da Dasa.
Um estudo realizado em 2024 em um hospital público do Distrito Federal reforçou essa utilidade ao mostrar que a análise da idade óssea ajuda médicos a diferenciar situações em que o crescimento segue o padrão esperado daquelas em que há discrepâncias que merecem investigação.1
Além do raio-X de mão e punho, que é a principal referência para avaliar a idade óssea, outros exames também podem ser solicitados conforme a suspeita clínica. Entre eles estão análises hormonais, que investigam alterações na produção de hormônio de crescimento ou da tireoide. Também podem ser feitos exames de sangue para avaliar níveis de cálcio, proteínas e vitamina D. Um estudo publicado em 2024 no Journal of Pediatrics mostrou que a deficiência de vitamina D é mais frequente do que se imagina em crianças e adolescentes brasileiros.2 Em alguns casos, são indicados testes genéticos, como o cariótipo, que auxilia no diagnóstico da Síndrome de Turner — associada à baixa estatura em meninas — e de outras síndromes cromossômicas.
Segundo a pediatra Natasha Slhessarenko, do Alta Diagnósticos, os pais devem observar sinais simples do dia a dia, como roupas que deixam de servir mais rápido do que o esperado ou, ao contrário, a estagnação do crescimento. Essas mudanças podem indicar que é hora de procurar avaliação médica. O acompanhamento permite diferenciar situações normais de desenvolvimento daquelas que exigem atenção especial.
“O Mês das Crianças é um excelente lembrete para que os pais se envolvam ativamente no desenvolvimento contínuo dos seus filhos. A atenção regular, por meio de consultas e exames simples, como o raio-X de mão e punho (para avaliar a idade óssea), fornece informações cruciais. Com esses dados em mãos, podemos antecipar e prevenir problemas, garantindo que cada criança atinja seu potencial de crescimento de maneira saudável e no tempo certo.”
Informações: Assessoria de Imprensa.
					