BANHEIRO! Vamos falar daquele lugar secreto, que enquanto somos solteiras, permeia a cabeça dos homens com um grande mistério: por que nós, mulheres, demoramos uma eternidade e voltamos contentes, como se tivéssemos conquistado algo muito importante? E depois se tornam inimigos da família, retirando as mães por muitos minutos do convívio familiar.
Simples! O banheiro possui três objetos fundamentais para a mulher reconquistar seu poder sobre si mesma. O espelho: símbolo máximo da autoestima e da feminilidade, por onde através de um simples gesto de retocar a maquiagem, nos sentimos revigoradas e lindas novamente. A descarga, onde depositamos todas as nossas frustrações, medos, gritos calados e despejamos nossa energia negativa para dissipar o que nos faz mal. E o chuveiro que limpa e reenergiza o corpo e a alma, lavando e purificando através do fluxo da água.
Mas depois que nos tornamos mães, o banheiro se torna um refúgio de verdade. É mais do que espelho, descarga e chuveiro. É cama, é poltrona de leitura, é símbolo de ordem e progresso, especialmente quando temos suíte e a criança não tem território por ali, com brinquedos espalhados.
E sim! Precisamos do “banheiro”como do ar que respiramos ao nos tornamos mães. Afinal, ali é o único lugar da casa onde filhos, marido, babá, ninguém vai adentrar pedindo que você vá resolver uma urgência urgentíssima, como descascar uma maçã porque o filho está com fome. Sim, porque por mais que todos ajudem, se a criança pede algo, a primeira opção de todos é sempre nos chamar para resolver, como se fosse a coisa mais complicada e estritamente maternal do mundo.
Fazer pausas e até mesmo “férias ” da maternidade – ou querer – é uma resposta completamente saudável para os desafios cotidianos de criar filhos. O banheiro de dentro de casa, funciona tão bem quanto assistir a um filme sozinha na rua, entrar numa biblioteca e escolher um livro sem ter hora para acabar, passear no jardim botânico da cidade, apreciando a paisagem ou apenas sentando num banquinho para respirar.
A pausa é fundamental para nos tornarmos melhores. Para recuperar a paciência perdida diante de pequenas coisas, para aprendermos a viver sem culpa por não estarmos sempre ao lado deles, porque mesmo quando estamos longe estamos fazendo o melhor pela nossa qualidade de vida e de quem compartilha a vida com a gente. Para recuperar a autoestima, que às vezes se perde completamente após meses de dedicação exclusiva ao bebê. Ou simplesmente para ter um ócio criativo, para voltar para casa ou para a sala (se estiver no banheiro) recarregada de energia e de vontade de fazer a rotina fluir, sem pesos ou amarras.
Outro dia li que uma mãe feliz e realizada consigo mesma, é uma mãe mais disponível, mais paciente, mais tranquila. E isso faz todo o sentido! Se estamos bem, relaxadas, vamos conseguir brincar mais, inventar histórias melhores, conversar com nossos filhos, dar atenção para nossos maridos.
Não importa o quanto nós amamos nossos filhos. Se não tomarmos tempo para descansar e rejuvenescer, para visitar amigos ou ler um livro, fazer uma atividade física nova,ou até a olhar para fora da janela por um bom tempo, então nós não estamos fazendo bem a ninguém , especialmente à nossa família.
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Ainda não lí post mais perfeito… Fiquei até emocionada… Claro que isso não é novidade para quem é mãe… principalmente aquelas que nem no banheiro encontram sossego, rsrsrs. Parabéns pela coragem de expor assim. Me inspirei nesse post e escrevi um nesse teor. Obrigada!
Obrigada, Monique! 🙂