Aventuras Maternas

Mitos e verdades sobre a polpa do dente de leite

A troca dos dentes de leite faz parte de uma fase muito importante da vida da criança, porém, poucos familiares sabem que o dentinho pode servir para o tratamento de diversas doenças. “A polpa dos dentes de leite contém células-tronco do tipo mesenquimal, que têm capacidade de, em laboratório, se transformar em uma variedade de outras células para a reparação de tecidos, como muscular, nervoso, ósseo, além de cartilagem, pele e outros tecidos epiteliais”, explica Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

Mesmo diante de tantos benefícios, muitos pais ainda enfrentam dúvidas sobre a coleta. Para auxiliar esse processo, o especialista responde algumas das questões mais recorrentes sobre o tema:

Pesquisas indicam que, futuramente, o material será usado para o tratamento de diversas patologias

VERDADE. Pesquisas indicam a possibilidade de tratamento em doenças como a diabetes tipo 1, lesão medular, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, lesões da córnea e doenças neurológicas como Parkinson”, revela.

A coleta é invasiva

MITO. A coleta é um processo não-invasivo, pois a queda do dente já ocorre nas crianças entre 5 a 12 anos de idade, contudo o procedimento é realizado por um dentista especializado.

Apenas o doador pode usar o material

MITO. Por serem células imunocompatíveis, o material coletado pode servir não só ao doador, mas também a outras parentes, como um irmão, por exemplo. Neste cenário, os diversos estudos e investimentos na área fazem da coleta um investimento preventivo para as famílias. “Por tratarem-se de células jovens e com ótima qualidade, o material encontrado no dente de leite é multipotente e imunotolerante, ou seja, servem tanto ao doador como para a sua família”.

O material só pode ser coletado por um dentista

VERDADE. Para que as células-tronco do dente de leite possam ser aproveitadas, a retirada deve ser realizada por um dentista. “O material deve ser acondicionado em um kit específico de transporte e enviado imediatamente à clínica para o devido processamento laboratorial”.

Com apenas um dente é possível ter material suficiente para uso

VERDADE. Um único dente é capaz de gerar milhões de células-tronco, uma vez que seu potencial de multiplicação é elevado.

Informações: Assessoria de Imprensa.

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Priscila Correia

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