Mesmo diante desse cenário de pandemia, a população, principalmente as crianças, não devem deixar de se imunizar e manter a vacinação de rotina em dia. Essa é a recomendação das principais instituições mundiais de saúde.1-4 Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a interrupção na vacinação, mesmo que por um breve período, pode aumentar a probabilidade de surtos e o número de indivíduos suscetíveis à graves doenças imunopreveníveis como sarampo, meningite, pneumonia, coqueluche, entre outras.3
No Dia Nacional da Imunização, comemorado no dia 9 de junho20, Bárbara Furtado, pediatra e gerente médica de vacinas da GSK, destaca a importância da vacinação, mesmo nesse momento de isolamento social.1-4
“Ano passado tivemos o ressurgimento de uma doença considerada controlada no país, o sarampo, acendendo um alerta sobre o risco da baixa cobertura vacinal da população brasileira. Agora, com a pandemia da Covid-19, estamos acompanhando novamente uma queda na vacinação e isso é preocupante. A imunização de rotina é considerada um serviço essencial e deve ser mantida, seguindo os protocolos de segurança, de distanciamento social e de higiene. Se abandonarmos a vacinação nesse período, as consequências podem ser surtos de doenças imunopreveníveis, aumento de morbidade e mortalidade e um crescimento da demanda nos hospitais”, alerta.
O Calendário Nacional de Vacinação, do Ministério da Saúde, disponibiliza gratuitamente, para os recém-nascidos até a terceira idade, 19 vacinas que protegem contra mais de 40 doenças.5 Na rede privada estão disponíveis vacinas para a imunização de todas as faixas etárias, complementando o calendário vacinal do PNI.8
Imunização pediátrica
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o não comparecimento de crianças aos postos e clínicas de vacinação para atualização da caderneta de vacinação, pode impactar nas coberturas vacinais e colocar a saúde de todos em risco.6
“Apesar de tudo que estamos vivendo hoje, nossas atividades diárias e o contato social em algum momento voltarão a existir. As crianças vão voltar a frequentar creches e escolas, e voltarão a ter contato com outras pessoas e crianças no dia-a-dia. Elas têm um maior risco de contrair doenças imunopreveníveis e, para que não fiquem desnecessariamente vulneráveis, e não tenhamos um aumento de casos e ressurgimento de doenças graves, precisamos que a imunização das crianças seja mantida. É preciso que os pais se conscientizem e mantenham todas as doses em dia, incluindo as doses de reforço vacinal”, conta Bárbara.
O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essas vacinas oferecem proteção para diversas doenças como poliomielite, coqueluche, hepatite, tuberculose, pneumonia, meningite, febre amarela, sarampo, gripe, entre outras.5,7
Já a SBIm e a SBP possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças. As vacinas da rede privada podem fornecer, por exemplo, uma proteção mais ampla contra como a meningite meningocócica – dos 5 principais tipos (A, B, C, W, Y). 8,9
Imunização dos adolescentes
A mesma coisa pode acontecer com os adolescentes se eles deixarem de se vacinar. Um ponto preocupante é que os adolescentes e adultos são os principais portadores da bactéria causadora da meningite meningocócica e podem transmití-la para outras pessoas através da saliva e partículas respiratórias, sem necessariamente desenvolver a doença.10-13
“Por isso, a vacinação dessa faixa etária também é fundamental. A meningite é uma doença grave, que pode levar à óbito em poucas horas. A melhor forma de prevenção é através da vacinação”, afirma a médica.
Atualmente, a rede pública de saúde e a rede privada disponibilizam aos adolescentes vacinas contra diversas doenças como meningite meningocócica, hepatites A e B, febre amarela, sarampo, caxumba e rubéola (através da vacina tríplice viral), difteria, tétano, coqueluche, além de HPV.14,15
Imunização para gestantes
Além disso, também existem vacinas que são recomendadas para as gestantes. Uma delas é a vacina que previne contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa).16-18 “Muitas gestantes não têm conhecimento sobre a importância dessa vacina para a saúde da mãe e do bebê. A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, que compromete o aparelho respiratório humano. A maioria dos casos graves da doença e óbitos se concentra em crianças menores de um ano de idade, especialmente nos primeiros seis meses de vida. Nos primeiros meses de vida, os bebês ainda não completaram o esquema primário de vacinação e, com isso, são mais suscetíveis a infecções. Com a imunização, a gestante pode ajudar a proteger o recém-nascido através da transferência de anticorpos durante a gravidez”, alerta Bárbara.
O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e a rede privada disponibilizam quatro vacinas para gestantes: dTpa (difteria, tétano e coqueluche); dT (difteria e tétano); hepatite B; e influenza (contra gripe).16,21 As vacinas recomendadas para gestantes são seguras e não causam problemas à saúde de mães ou bebês.17
Imunização adulta
Além das crianças, dos adolescentes e das gestantes, os adultos e os idosos também precisam se vacinar.5,8,19 “A vacinação pode desempenhar um papel crucial na manutenção da saúde dos adultos. Muitas pessoas acham que a imunização só é essencial quando criança, mas a vacinação ao longo da vida traz muitos benefícios que se acumulam para a saúde geral e a expectativa de vida. É importante que todos entendam que a vacinação é uma ferramenta essencial para melhorar o envelhecimento saudável e evitar a propagação de doenças”, conta.
Para este público, o Ministério da Saúde disponibiliza, por meio do PNI, seis vacinas: hepatite B; dT (difteria e tétano); febre amarela; influenza (contra gripe) para pacientes com comorbidades, adultos entre 55 e 59 anos e idosos com mais de 60 anos; sarampo, caxumba e rubéola para adultos até 49 anos de idade; e pneumocócica para pessoas a partir de 60 anos com condições clínicas especiais.8,19,22 Já na rede privada, há vacinas disponíveis contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa); pneumocócica; influenza (contra gripe) para os adultos que não fazem parte do público alvo do PNI; herpes zoster; hepatite A e B, meningite meningocócica e HPV.8
“A pneumonia, por exemplo, é uma infecção dos pulmões que os idosos com mais de 65 anos têm maior probabilidade de contrair. Com algumas vacinas como a da gripe, da coqueluche e a pneumocócica, esse público pode reduzir os riscos de contrair a doença e de ter complicações mais sérias e até hospitalizações”, alerta Bárbara.
Material dirigido ao público geral. Por favor, consulte o seu médico.
Informações: Assessoria de Imprensa.